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Publicado em 4/10/2022 as 12:00pm

Indústria brasileira de plant-based de olho no mercado muçulmano

Da redação Seja por uma preocupação com a sustentabilidade, com o bem-estar animal ou...

Da redação

Seja por uma preocupação com a sustentabilidade, com o bem-estar animal ou ainda por uma opção relacionada à melhoria da saúde, o consumo de produtos plant-based (em português, produtos à base de plantas) têm se mostrado promissor em todo o mundo, potencializado especialmente com a pandemia, momento em que a busca por alimentos saudáveis se tornou ainda mais relevante.

E esse cenário pode ser comprovado por várias pesquisas realizadas ao redor do mundo. Segundo um relatório recente da Bloomberg Intelligence, por exemplo, em 2020 o comércio de produtos lácteos vegetais (assim como outras alternativas à proteína animal) chegou a US$ 29,4 bilhões e, até 2030, a projeção é de que alcance US$ 162 bilhões, o que corresponde a 7,7% do mercado mundial de proteínas. O estudo apontou ainda que, até o fim desta década, o mercado global à base de plantas pode crescer até cinco vezes. E este mercado ainda engloba os flexitarianos, ou seja, aquelas pessoas que buscam reduzir o consumo de proteína animal em sua dieta. Neste contexto, de acordo com a pesquisa “Rise of Plant-Based Eating and Alternative Proteins”, da Euromonitor International, em todo o mundo, 1 em cada 4 pessoas buscam reduzir o consumo de carne, sendo que 37% disseram consumir produtos plant-based. “A busca por produtos mais saudáveis e com a garantia de segurança para o consumo, ou seja, que proporcionem saúde ao corpo sem agredir o meio ambiente, é uma realidade cuja perspectiva é de que seja potencializada em todo o mundo. E a certificação halal é um selo de qualidade para produtos de origem animal ou vegetal, que vem de encontro com essa busca para que, aquilo que se coloque no prato, seja garantia de um corpo e natureza saudáveis”, comenta o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M.Saifi.

 

E como está este mercado nos países árabes e muçulmanos?

Dados do Mordor Intelligence apontam que o mercado de produtos lácteos e carne à base de plantas no Oriente Médio e na África foi avaliado em US$ 240,96 milhões e tem uma perspectiva de crescer 6,01% durante o período de 2021-2026. Esse crescimento, segundo o estudo, também está relacionado à crescente preocupação com a saúde, bem-estar animal e sustentabilidade.

“A busca por uma alimentação saudável, sustentável e a certeza de alimentos seguros para consumo é uma tendência mundial, que se intensifica ano a ano, e os consumidores árabes estão inseridos nessa tendência. Diante desse cenário promissor para as empresas de alimentos brasileiras, o selo halal é uma garantia de qualidade para esses produtos e um diferencial decisivo para que essas empresas possam ingressar nesse mercado que cresce exponencialmente e, até 2024, deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões”, explica Saifi.

 

E como as empresas brasileiras de produtos plant-based podem acessar esses mercados?

Os produtos consumidos pela população dos países árabes e muçulmanos devem seguir a jurisprudência da religião islâmica. E, para garantir que esses critérios sejam atendidos e os produtos são seguros para consumo, é realizada a certificação halal.

O processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína.

A avaliação do auditor se baseia tanto no normativo halal como nas normativas brasileiras definidas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Porém, cada país pode ter exigências específicas e, caso o empresário já tenha definido um país para exportar, a certificação se baseará naquelas exigências determinadas pelo país comprador; caso contrário, o auditor se norteará pelos critérios mais rigorosos.

Dentre as avaliações no processo de fabricação desses produtos, estão o cumprimento das boas práticas de fabricação, temperatura de armazenamento dos produtos, as embalagens e o transporte. Importante salientar que, no caso específico do maquinário, um dos pontos observados é o lubrificante utilizado, já que no halal não é permitido que este produto contenha ou tenha contato com qualquer componente de origem suína.

Já na embalagem, é fundamental queas informações sobre o produto sejam claras, além de conter todas as informações sobre o produto escritas em árabe. No caso do armazenamento, é preciso verificar se o produto está armazenado em espaços destinados exclusivamente a produtos halal.

Após sair da indústria, o ideal é de que seja realizado um transporte exclusivo para produtos halal, além de atentar-se também à temperatura de armazenagem, deslocamento, a limpeza dos contêineres e o carregamento dos produtos.

CDIAL Halal - É a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).

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