Justiça de São Paulo pede “máxima urgência” para extradição de cantora brasileira presa em Massachussetts

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Na sexta-feira, dia 04, a comunidade brasileira ficou sem entender a notícia da prisão da cantora Reisla da Vitória. Enquanto algumas pessoas a defendiam, outras questionavam o motivo dela estar em evidência sendo procurada pela polícia. No dia em que a notícia foi divulgada pelo Brazilian Times, o Departamento Estadual de Execução Criminal de São Paulo emitiu um despacho pedindo "máxima urgência" nas providências para a extradição da cantora.

Reisla foi presa na cidade de Medford, em Massachusetts, no dia 26 de julho. De acordo com as autoridades, ela teve o nome inserido na difusão vermelha da Interpol e agora aguarda a realização de uma audiência judicial marcada para 10 de agosto.

O CRIME

Os documentos judiciais brasileiros mostram que Reisla foi presa em flagrante no dia 23 de outubro de 2019, quando transportava cerca de três quilos de cocaína em um ônibus que saiu de Corumbá (Mato Grosso do Sul) com destino à cidade de São Paulo. Ela foi detida na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Assis (SP), e confessou o crime.

Reisla foi condenada em fevereiro de 2022 a cinco anos e oito meses de prisão. Não foi explicado como, mas ela estava em liberdade e vivia ilegalmente nos Estados Unidos desde março de 2020.

A prisão de Reisla aconteceu após agentes do escritório de Operações de Execução e Remoção (ERO, sigla em inglês), terem sido notificados de que ela era uma "fugitiva estrangeira". O pedido de prisão emitido pela 3ª Vara Criminal de Assis foi em dezembro do ano passado e no dia 18 de julho, as autoridades brasileiras notificaram os agentes em Boston de que ela estava em Massachusetts.

"Esta não cidadã indocumentada fugiu para Massachusetts para escapar da justiça em seu país de origem", afirmou Todd Lyons, diretor do escritório do ERO em Boston, em comunicado oficial. "Ela é uma traficante de drogas condenada que demonstrou um flagrante desrespeito às leis de sua terra natal, bem como às leis de imigração nos EUA", acrescentou.

De acordo com os dados do ERO, Reisla entrou legalmente nos EUA pelo Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em New York, com visto de turista e recebeu autorização de permanecer no país até setembro de 2020. Nesta altura, ela já tinha sido condenada em primeira instância e aguardava o resultado de um recurso.

A advogado da brasileira, Isaac De Moura Florêncio, disse que “quando o resultado da apelação saiu, Reisla já estava nos EUA”. Ele acrescentou que ela tinha ido cuidar de uma senhora idosa e acabou ficando lá e por conta disso começou a frequentar festas, fazendo karaokê e chamando o povo para cantar.

O advogado destacou, ainda, que “Reisla acabou ficando nos EUA após a morte da idosa” e que ela não retornou ao Brasil por causa de condição financeira e o que ela fazia nos EUA era para se manter, “não foi para ganhar dinheiro”.

“Não temos o que fazer, pois a legislação entre os dois países é diferente em todos os prismas, principalmente relacionada ao tráfico internacional de drogas, que é a condenação dela. Ela chegando aqui será presa em regime fechado e vai cumprir o tempo dela de regime fechado”, finalizou.

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