Mãe diz que conversou com a filha no dia do assassinato em Connecticut

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A tragédia que envolve a morte de Melyssa Pereira da Costa, de 21 anos, encontrada sem vida ao lado de seu ex-marido, Dheraldy Mendes, em Connecticut, ganha contornos mais dolorosos com os relatos da mãe da vítima, Franciane Pereira Ribeiro. Ela revela ter trocado mensagens com a filha no dia do ocorrido e agora busca a guarda do neto órfão.

Melyssa, natural de Paraupebas, Pará, mudou-se para os EUA em 2020 com Dheraldy, também oriundo da mesma cidade paraense. Pais de um bebê de pouco mais de um ano, a jovem paraense e seu ex-marido foram encontrados mortos no apartamento onde residiam. A suspeita é de que Melyssa tenha sido vítima de feminicídio por Dheraldy.

Franciane relata que a última troca de mensagens com a filha ocorreu no domingo, 19 de novembro, por volta das 22h40 (horário de Brasília). Nas mensagens, Melyssa compartilhou seu momento, ouvindo músicas brasileiras com uma amiga. O tom descontraído da conversa terminou com expressões de amor entre mãe e filha.

A mãe de Melyssa, agora, clama por ajuda para obter a guarda do neto, que, sob a justificativa de que ambos os pais brasileiros faleceram, está sob tutela do Estado norte-americano. "Preciso de ajuda para trazer meu neto, para que eu consiga a guarda dele, pois foi o bem mais precioso que a minha filha deixou e ele vai tapar um pouco o vazio que está meu peito", disse Franciane.

Apesar dos avós paternos do bebê morarem em Connecticut, a guarda não foi concedida a eles. Franciane afirma que a família não possui orientação jurídica para buscar a custódia da criança. As informações sobre o caso são limitadas devido à distância, sendo repassadas por uma prima de Dheraldy e uma amiga de Melyssa.

O corpo da jovem paraense ainda não retornou ao Brasil, e a perícia dos EUA não forneceu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Melyssa e Dheraldy. Franciane lamenta a falta de contato das instituições com ela, recebendo informações restritas por meio da prima de Dheraldy. Ela expressa sua frustração com a falta de apoio, declarando: "IML de lá, polícia, nunca entraram em contato comigo, nunca falaram nada, é como se minha filha não tivesse família, e achei isso muito errado."

(com informações do g1)

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