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Revista # 73

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Brasileira de 16 anos conquista prêmio em Ohio com projeto de pele artificial para tratamento de queimaduras

A estudante brasileira Sofia Mota Nunes, de 16 anos, natural de Imperatriz (Maranhão), foi premiada na edição de 2025 da Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), considerada a maior feira de ciência e engenharia para estudantes pré-universitários do mundo.

A estudante brasileira Sofia Mota Nunes, de 16 anos, natural de Imperatriz (Maranhão), foi premiada na edição de 2025 da Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), considerada a maior feira de ciência e engenharia para estudantes pré-universitários do mundo. Com o projeto “Pele artificial destinada à regeneração celular e tratamento de queimaduras”, a jovem recebeu o Prêmio Mary Kay Inc., uma das premiações especiais do evento, e foi contemplada com o valor de US$ 750.

A feira foi realizada entre os dias 10 e 16 de maio, na cidade de Columbus, no estado de Ohio, e reuniu mais de mil projetos de estudantes de aproximadamente 60 países. Sofia integrou a delegação brasileira selecionada por meio da Mostratec-Liberato — Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia realizada anualmente em Novo Hamburgo (RS). A participação brasileira contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) e do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Sul (CRT-RS).

Pesquisa com foco na saúde pública

Aluna do 2º ano do Ensino Médio da escola Santa Teresinha, Sofia desenvolveu o projeto sob a orientação do professor Carlos Fonseca Sampaio. O trabalho propõe uma alternativa inovadora aos enxertos de pele utilizados no tratamento de queimaduras de segundo grau profundo e de terceiro grau — procedimentos que ainda apresentam alto custo, risco de rejeição e limitações no número de doadores.

“Identifiquei uma necessidade urgente por soluções mais eficazes, acessíveis e menos invasivas. A pele artificial que desenvolvi busca acelerar o processo de regeneração celular e atuar, nos casos mais graves, como substituto térmico permanente”, explica a jovem pesquisadora. Inspirada desde cedo por temas ligados à saúde e à ciência, Sofia direcionou seus estudos para o uso de polímeros na medicina regenerativa.

Reconhecimento e impacto internacional

Para o professor Carlos Fonseca Sampaio, orientador da pesquisa, a conquista de Sofia é resultado da excelência acadêmica aliada a um profundo compromisso social. “O projeto tem relevância científica ao propor novos materiais para a área da saúde, e também grande impacto social, ao buscar soluções que possam ser aplicadas de forma ampla no sistema de saúde, reduzindo custos, riscos de infecção e tempo de recuperação”, afirmou.

Sofia também destacou a importância de representar o Brasil em um evento de tamanha magnitude. “Estar entre tantos jovens brilhantes, com ideias transformadoras, foi inspirador. Perceber que meu projeto foi reconhecido me faz acreditar que estamos no caminho certo ao buscar soluções para problemas reais que afetam milhares de pessoas”, relatou.

Sobre a Regeneron ISEF

Organizada anualmente nos Estados Unidos pela Society for Science, a Regeneron ISEF é a principal competição científica global voltada para estudantes do ensino médio. A feira distribui prêmios que somam cerca de US$ 9 milhões, entre bolsas de estudo, estágios e incentivos à pesquisa científica. A participação de jovens como Sofia Mota reforça o potencial da nova geração de cientistas brasileiros e o papel transformador da educação científica no desenvolvimento de soluções para os desafios do século XXI.

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