Da redação A paixão de Arthur Moreira pelo basquete surgiu de forma inesperada. Ainda adolescente, atuava como goleiro de futsal em Belo Horizonte quando se deparou com um DVD da AND1 — uma competição de basquete de rua com jogadas espetaculares. Aquele vídeo mudou tudo. O futsal ficou para trás, e o amor pelas quadras de basquete passou a guiar sua vida. Hoje, Arthur entrou para a história como o primeiro brasileiro a se tornar técnico principal na primeira divisão do basquete universitário dos Estados Unidos, comandando a equipe feminina da Universidade de Idaho. Logo na primeira temporada, ele alcançou 18 vitórias — um recorde para o cargo. Antes dele, a marca era de 17 vitórias e pertencia à lendária Tara VanDerveer, que depois comandou Stanford e a seleção dos EUA. “Foi surreal. Estava muito empolgado. Mas quando percebi que tínhamos apenas duas jogadoras no elenco, caiu a ficha”, conta Arthur, rindo. “Tivemos que montar praticamente um time novo. Era a receita para o desastre: técnico novato, equipe inexperiente... Mas conseguimos algo incrível.” Da arquibancada ao banco técnico Arthur começou a jogar basquete no Minas Tênis Clube e chegou até a equipe sub-19, dividindo quadra com talentos como Raulzinho e Cristiano Felício. Aos 18 anos, sonhava em jogar nos Estados Unidos. Em 2010, com o apoio da família, participou de um programa na Flórida, onde jogou por 10 dias em diferentes equipes. O desempenho chamou atenção e, em 2011, ele se mudou para a Califórnia com uma bolsa da Sonoma …
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Brasileiro faz história no basquete universitário dos EUA e sonha com a seleção nacional

Da redação
A paixão de Arthur Moreira pelo basquete surgiu de forma inesperada. Ainda adolescente, atuava como goleiro de futsal em Belo Horizonte quando se deparou com um DVD da AND1 — uma competição de basquete de rua com jogadas espetaculares. Aquele vídeo mudou tudo. O futsal ficou para trás, e o amor pelas quadras de basquete passou a guiar sua vida.
Hoje, Arthur entrou para a história como o primeiro brasileiro a se tornar técnico principal na primeira divisão do basquete universitário dos Estados Unidos, comandando a equipe feminina da Universidade de Idaho. Logo na primeira temporada, ele alcançou 18 vitórias — um recorde para o cargo. Antes dele, a marca era de 17 vitórias e pertencia à lendária Tara VanDerveer, que depois comandou Stanford e a seleção dos EUA.
“Foi surreal. Estava muito empolgado. Mas quando percebi que tínhamos apenas duas jogadoras no elenco, caiu a ficha”, conta Arthur, rindo. “Tivemos que montar praticamente um time novo. Era a receita para o desastre: técnico novato, equipe inexperiente… Mas conseguimos algo incrível.”
Da arquibancada ao banco técnico
Arthur começou a jogar basquete no Minas Tênis Clube e chegou até a equipe sub-19, dividindo quadra com talentos como Raulzinho e Cristiano Felício. Aos 18 anos, sonhava em jogar nos Estados Unidos. Em 2010, com o apoio da família, participou de um programa na Flórida, onde jogou por 10 dias em diferentes equipes.
O desempenho chamou atenção e, em 2011, ele se mudou para a Califórnia com uma bolsa da Sonoma State University. Mas, pouco depois de chegar, foi cortado do time. “Eu não estava no nível deles. E concordo 100% com o técnico por isso”, diz com bom humor.
Fora das quadras, Arthur encontrou um novo caminho: o da comissão técnica. Começou como voluntário, ajudando em tudo — lavava uniformes, montava treinos, analisava vídeos. “No meu último ano de faculdade, disse ao técnico que queria seguir carreira na área.”
Foi assim que ele ganhou responsabilidades maiores, cuidando de recrutamento e logística. Ao se formar, recebeu a primeira oportunidade oficial: assistente de basquete feminino na Universidade de São Francisco, onde ajudou a revelar a grega Ioanna Krimili, recordista de cestas de três pontos na NCAA.
O sonho da seleção brasileira
Em 2023, Arthur chegou à Universidade de Idaho e, pouco depois, foi promovido a técnico principal. Apaixonado por tática, ele se inspira no basquete europeu e até em técnicos de futebol como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti. “Tenho mais de mil páginas sobre eles no meu drive”, revela.
Arthur sonha alto: quer ganhar a conferência universitária e, futuramente, um título nacional da NCAA. Mas o objetivo maior está além das fronteiras americanas. “Meu maior sonho sempre foi representar o Brasil. Quando participei da comissão do sub-19 no Mundial de 2023, ouvir o hino nacional foi uma emoção indescritível.”
Hoje, o técnico mineiro continua escrevendo uma história única — de quem trocou o futsal pela prancheta e, com coragem e visão, conquistou um espaço inédito no basquete dos Estados Unidos.
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