“Queremos nem que seja um contato por telefone e estamos muito agradecidos à família caridosa que está cuidando dela”, disse. “Se preciso for, lutaremos pela guarda dela”, afirmou.
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Família brasileira busca guarda de adolescente após madrasta ser presa por abuso em Massachusetts

Uma moradora de Florianópolis, Santa Catarina, luta para encontrar a sobrinha-neta, BLS, de 14 anos, atualmente desaparecida do convívio familiar após ser retirada da guarda da mãe, diagnosticada com esquizofrenia, nos Estados Unidos. O caso envolve acusações graves contra a madrasta que havia assumido a guarda da menor e foi presa em março deste ano.
Maristela Lima, de 67 anos, é prima da mãe de BLS, Fernanda Susi Fernandes, natural do interior de Minas Gerais. Fernanda mudou-se para os Estados Unidos há muitos anos, onde se envolveu com um homem casado e teve dois filhos. Posteriormente, ela desenvolveu esquizofrenia e, sem tratamento adequado, passou a viver com os filhos em situação de extrema vulnerabilidade, dormindo em um carro.
As autoridades a encontraram e intervieram, retirando as crianças da guarda da mãe, entregando-as aos cuidados do pai e da madrasta, Ilma Leandro. A princípio tida como figura confiável, Ilma passou a ser investigada e, no dia 20 de março de 2025, foi presa sob acusação de exploração sexual da menor.
“Queremos nem que seja um contato por telefone e estamos muito agradecidos à família caridosa que está cuidando dela”, disse. “Se preciso for, lutaremos pela guarda dela”, afirmou.
Desde a prisão, o paradeiro de BLS é desconhecido pelos familiares brasileiros. A avó materna da menina, já falecida, chegou a tentar obter a guarda da neta anos antes, sem sucesso. Agora, Maristela Lima busca apoio de autoridades para localizar a adolescente e, se possível, assumir sua guarda legal.
“Essa criança é sangue do meu sangue. É um pedido de minha tia, que faleceu sonhando em rever e cuidar da neta. Estou disposta a fazer o que for preciso para reencontrá-la e garantir que esteja segura”, declarou Maristela. Ela afirma que a família está pronta para receber BLS e integrá-la ao convívio com o irmão por parte de mãe, hoje um jovem médico recém-formado no Brasil.
Em apelo enviado a órgãos competentes, Maristela pede informações sobre o paradeiro da sobrinha-neta e a possibilidade de estabelecer contato com os atuais responsáveis pela adolescente. “Nossa única intenção é protegê-la e garantir que ela tenha um lar seguro, com laços afetivos verdadeiros.”
O caso comove pela gravidade e pela persistência de uma família em restabelecer os vínculos interrompidos por decisões judiciais e tragédias pessoais. A família aguarda respostas e continua esperançosa de que BLS possa reencontrar suas raízes e reconstruir sua história ao lado de quem sempre se importou com ela.
“Mas eu fico pensando se ela realmente sabe de suas origens. Será que ela sabe da nossa existência? Será que a madrasta contava que a avó e eu conversávamos por telefone (Facebook) pedindo para ela nos entregá-la quando foi tirada da mãe?”, indagou Maristela.
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