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O melhor presente de Dia das Mães: após 25 anos, brasileira reencontra filha e realiza sonho de uma vida

Durante 25 anos morando nos Estados Unidos, Alexsandra Pinheiro alimentou um único desejo: abraçar sua filha mais velha, olhar nos olhos dela, sentir seu cheiro e, finalmente, tirar uma foto com os três filhos reunidos.


Da redação

Durante 25 anos morando nos Estados Unidos, Alexsandra Pinheiro alimentou um único desejo: abraçar sua filha mais velha, olhar nos olhos dela, sentir seu cheiro e, finalmente, tirar uma foto com os três filhos reunidos. Esse sonho, que parecia inalcançável, virou realidade há duas semanas — e se transformou no maior presente de Dia das Mães que uma mãe poderia receber.

Alexsandra é natural do Rio de Janeiro e vive nos Estados Unidos desde o final dos anos 1990. Quando decidiu imigrar, deixou para trás não apenas seu país, mas também o maior pedaço do seu coração: sua filha Sabrina Barros, então com apenas seis anos de idade. “Ela ficou sob os cuidados do pai e da minha mãe. Foi a decisão mais difícil da minha vida, mas eu precisava lutar por um futuro melhor”, lembra, com a voz embargada.

Desde então, a vida de Alexsandra se resumiu a batalhas silenciosas: entre um trabalho de limpeza e entregas de delivery, ela fez de tudo para sustentar a família e, ao mesmo tempo, tentar trazer Sabrina para perto. Ao longo dos anos, foram oito tentativas frustradas de conseguir o visto para a filha — e oito vezes, o coração partido com a resposta negativa.

Hoje, Sabrina tem 31 anos, é casada e mãe de uma menina de 15. E foi somente agora, mais de duas décadas depois da separação, que ela pôde finalmente abraçar a mãe em solo norte-americano. “Foram só seis dias juntas, mas valeram por toda uma vida”, contou Alexsandra. “Foi o melhor presente do mundo. Não existe joia, não existe bem material que se compare ao que vivi.”

O reencontro, carregado de emoção e lágrimas, teve um significado ainda mais profundo: pela primeira vez desde que chegou aos Estados Unidos, Alexsandra conseguiu tirar uma foto com os três filhos reunidos — dois deles cidadãos dos EUA, e Sabrina, a filha que ficou no Brasil. “Esperei 25 anos por essa imagem. Ela vai ficar na parede da minha sala, mas, principalmente, está gravada na minha alma.”

Entre lembranças, risos e lágrimas, os seis dias de convivência foram intensos. Houve tempo para conversar, cozinhar juntas e reviver laços que o tempo e a distância jamais conseguiram apagar. “A saudade foi enorme. A dor também. Mas o amor venceu”, disse Alexsandra, emocionada.

Ela segue trabalhando duro, como faz há décadas. Mas agora, carrega no peito uma nova força: a de quem sabe que, apesar das barreiras, o amor de mãe pode atravessar oceanos, resistir ao tempo e vencer até as fronteiras mais rígidas. “Se eu pudesse definir aquele abraço, eu diria que foi um milagre. Foi Deus me devolvendo um pedaço da minha vida.”

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