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Publicado em 13/02/2008 as 12:00am

Internet aproxima brasileiros da família

A comunicação virtual está amenizando a dor da saudade

Luciano Sodré

Atravessar a fronteira mexicana para chegar aos Estados Unidos, não é o maior obstáculo. Vencer a barreira do idioma, driblar as perseguições e superar um sentimento chamado "saudade", ainda é o que tem colocado fim a muitos "sonhos americanos". Quando o brasileiro entra nas terras do "Tio Sam" e pensa que a parte difícil terminou, ele se depara com problemas ainda maiores e supostamente bem mais complicados de serem transpostos.

Muitos dos que chegam neste país em busca de trabalho, ganhar em dólares e ajudar a família no Brasil, são derrotados pelo "monstro solidão" e acabam percebendo que a busca pelo "ouro verde" é o caminho mais curto para a depressão.

"Aqui é onde o filho chora e mãe não vê". É o que garante o paraense Leandro Saraiva, 23, natural da cidade de Brangança. Ele conta que quando chegou nos Estados Unidos, no início tudo estava tranquilo até que a saudade começou a falar mais alto. "Eu pensei em desistir por diversas vezes, mas meus amigos me convenceram a ficar", fala salientando que precisou fazer tratamento com um psicólogo. "Eu sofri muito e se não fosse o apoio, certamente eu estaria sofrendo de depressão até hoje", conclui.

Outra que assegura que a depressão acontece em razão da solidão é a ex-Miss Framingham Yvanete Seles. Mineira de Belo Horizonte, ela conta que procura sempre estar em locais de grande movimento para driblar a saudade. "A amizade é o melhor remédio para combater a ausência dos familiares", acrescenta.

O que ela mais sente falta é do calor humano de sua família, dos almoços aos finais de semana e "o carinho da mamãe quando está doente". Para amenizar esta distância, ela mantêm contato com alguns parentes, através da Internet. "O MSN tem ajudado bastante", explica.

Recentente o Cape Cod Times publicou a história do casal Tim McNamara e Onélia McNamara. Ele, norte-americano, se comunica a sua esposa, brasileira, através da internet.

Ela, tem 46 anos de idade, trabalhava em um banco federal no Brasil e chegou aos EUA em 2001, quando pediu asilo para seus filhos e o ex-marido. Mas este país não oferece este tipo de service com frequência para brasileiros. No ano de 2006, ela se divorciou do marido e passou a viver somente com os filhos.

Neste mesmo ano, ela conheceu Tim, quando estava trabalhando como assistente de ensino em um programa na Barnstable Middle School. Os dois se apaixonaram e casaram-se em abril do ano passado. Em novembro, ela e seus três filhos foram obrigados a retornar ao Brasil devido o pedido de asilo ter sido negado.

Com a separação forçada, o casal está mantendo contato apenas via internet e telefone.

Fonte: (braziliantimes.com)

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