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Publicado em 6/04/2008 as 12:00am

Lowell: centro de saúde coloca asiáticos e latinos para dançar

"As aulas me fazem voar. Dança é uma arte. Me sinto mais liberada, e muito mais jovem," disse a americana Gail LaBranch.

Eduardo A. de Oliveira

NEW ENGLAND ETHNIC NEWSWIRE

 

Enquanto asiáticos e latinos de Lowell trabalham muito para prosperar, o centro de saúde Lowell Community Health Center (LCHC) se preocupa com os impactos da má nutrição desses imigrantes e os hábitos que os levam à obesidade. Cerca de 28% dos pacientes atendidos pelo LCHC são latinos, e 27% asiáticos.

 

Segundo pesquisa publicada pela Latino Coaliton da Coalition, da Califórnia, 19% dos jovens latinos (idades entre 12 e 17) que vivem nos EUA, e 11% dos asiáticos, correm risco de ficarem obesos.

 

A coordenadora de Nutrição do Departamento de Promoção de Saúde do LCHC, Elisa Garibaldi, revela os três projetos do centro médico para ajudar o imigrante a sair da ociosidade e se adaptar a um estilo de vida saudável.

 

O primeiro será uma extensão do programa Promotores de Saúde, iniciado ano passado, em que líderes comunitários locais eram treinados para divulgar a importância da prevenção e educar suas comunidade sobre como acessar servidores de saúde.

 

O segundo projeto começa dia 16 de abril. Elisa vai liderar caminhadas pelo centro da cidade para pacientes e estudantes. O projeto piloto é uma parceria com a escola Lowell Adult Education Center, e já tem 20 pessoas escritas em caminhas de 1h15, duas vezes por semana, que adotarão três rotas: uma pelo centro da cidade, outra a volta dos rios da região e uma terceira para idosos.

 

"Vamos dar pedômetros a cada participante e estimulamos a criação de clubes de caminhada," disse Elisa.

 

Você sabia, pergunta Elisa, que uma pessoa que pesa cerca de 65kg pode perder 226 calorias durante uma caminhada de 1 hora a uma velocidade de 2 milha por hora?

 

Mas o projeto que já está rendendo mais frutos são as aulas de danças com o bailarino brasileiro Zito Camilo. Todas as segundas e quarta-feiras, das 17h30 às 18h30, 20 mulheres das comunidade hispânica, brasileira e combojana se entregam ao ritmo da salsa, do samba e do axé.

 

"As aulas me fazem voar. Dança é uma arte. Me sinto mais liberada, e muito mais jovem," disse a americana Gail LaBranch.

 

"Sinto que realmente estou perdendo peso. Aqui você trabalha o corpo e a mente de uma maneira animada. Pena que serão apenas seis semanas," disse a baiana Simone de Oliveira.

 

Para Zito Camilo, um bailarino paranaense que viajou o mundo com companhias de dança e em 2006 montou o espetáculo solo 'Desire', a experiência tem sido nova.

 

"Tem sido interessante aprender a trabalhar com os limites das pessoas. Aqui o inverno é longo, muita gente desconta na comida, ou na bebida. Percebo que a dança os ajuda, eu só tento colocar para fora o mínimo de estímulo que as pessoas têm," disse Camilo.

 

As aulas gratuitas dadas no salão da ONG Casey Family, no centro de Lowell, são conduzidas em completo auto astral. As alunas-pacientes vibram com o ritmo da Timbalada. E como a última semana de aulas se aproxima, já tem gente querendo fazer abaixo-assinado para estendê-las.

 

"Já estamos estudando como poderemos expandir esse programa de dança. O importante é que o imigrante não se concentre apenas na busca pelo dinheiro. Problemas de saúde acontecem com qualquer um. Chegou a hora de a prioridade sair do trabalho e ir para a saúde," conclui Elisa Garibaldi.

Fonte: braziliantimes

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