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Publicado em 24/04/2008 as 12:00am

Dunkin' Donuts sofre protestos

Organizações dizem "Não a Match letter"

Por Elizabeth M. Simões

 

Organizações imigrantes e de proteção ao trabalho realizaram um protesto em frente à uma das franquias do Dunkin' Donuts, em Boston-Massachusetts, na quarta-feira (23). A manifestação que também aconteceu em outras seis diferentes cidades foi um apelo para o fim das demissões na rede Dunkin' Donuts, por estarem usando inescrupulosamente a "match letter" para justificar o desligamento de funcionários indocumentados.

A match letter é uma carta emitida após a averiguação do status do imigrante no país. Quando o sistema eletrônico chamado "e-verify" indica que o número do seguro social do trabalhador não é legítimo, alguns franqueados, em posse dessa informação, estão usando os dados como pretexto para afastar o empregado de seu posto. "Esse sistema foi implantado apenas para a admissão de novos funcionários. Eles não poderiam usá-lo para discriminar os antigos trabalhadores e demiti-los. Muitos deles já estão servindo à rede a muito tempo e independente de seu status merecem respeito e tem seus direitos.", disse, Mauro Reys ativista da organização "Jobs with Justice".

Ativistas, líderes comunitários e outras pessoas uniram-se para apoiar a defesa dos imigrantes e dizer não a "match letter". Juntos, eles bateram palmas e andaram em círculos gritando "No match letter!". Carlos da Silva, líder comunitário, esteve no local e caminhou com o grupo. Estavam presentes também, Fausto Rocha do Centro do Imigrante Brasileiro, Helen Sinzker ativista engajada na qualidade de vida da comunidade, e o advogado, defensor dos direitos imigrantes, Kevin MacMurray .    

Em entrevista ao Brazilian Times, o coordenador da manifestação, Gabriel Camacho, porta-voz do "Comite de Servicios de los Amigos", disse que os funcionários que receberem a carta não devem aceitar imediatamente a demissão, "Quando isso acontecer o imigrante deverá procurar uma organização para obter amparo social. Nós estamos lutando para salvar estes empregos e vamos clamar para que essa prática desumana termine". E acrescentou, "Outro grande problema é a demissão sem o pagamento do cheque, relativo ao último mês trabalhado".

A brasileira Eliane dos Santos funcionária à cinco anos em uma das franquias existentes na cidade de Quincy Center, não compareceu ao protesto por medo de ser reconhecida. "Senti vontade de estar lá, mas achei que isso poderia colocar o meu emprego em risco", Eliane também comentou que outros trabalhadores temeram retaliações."Eu preciso muito desse emprego para pagar o meu aluguel, espero que a manifestação convença os donos da Dunkin' Donuts que nós somos importantes como funcionários e até mesmo como consumidores.", desabafou Eliane.

Durante a manifestação, um funcionário que vestia uma camiseta com o nome "Dunkin' Donuts Image", aproximou-se do local, informou-se sobre a razão do protesto e reportou a situação por celular. Ao ser interrogado sobre o pronunciamento da rede, ele recusou-se a dar esclarecimentos, mas concordou em procurar a redação do Brazilian Times para fazer uma declaração oficial. Em nota, Stephen J. Caldeira, chefe de comunicações da marca Dunkin'Donuts disse ao BT que desde de Junho de 2006, a franchising foi convocada pelo the Department of Homeland Security's E-Verify/Basic para iniciar o projeto piloto que permite apenas o ingresso de pessoas devidamente documentadas em todas as atividades remuneradas nos EUA. "Por isso, nós tivemos que proceder conforme os métodos descritos em lei e concordamos que esse sistema provido pelo E-Verify garantirá que as novas contratações sejam feitas de maneira certa e adequada dentro da contribuição do social security. O E-Verify também é uma solução barata e efetiva para a solicitação do I-9 método que acelera o processo de contratação de imigrantes", disse Caldeira.

Fonte: (Brazilian Times)

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