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Publicado em 11/05/2008 as 12:00am

Brasileiros presos por fraudes na Flórida

Gustavo do Vale e Marco Barbosa vinham sendo investigados há mais de dois anos

Mais dois brasileiros de Broward estão atrás das grades. Eles são Marco Spadini Barbosa e Gustavo do Vale, que moravam em Coconut Creek e foram presos em Pompano Beach por agentes federais (US Marshals, do distrito do sul da Flórida) no dia 5 de maio. De acordo com as acusações, os dois falsificavam carimbos oficiais e documentos, como carteiras de Social Security e de habilitação e estavam envolvidos até com o comércio de passaportes roubados.

Marco, de 35 anos, e Gustavo, de 28, são bastante conhecidos da comunidade: costumavam circular pelos restaurantes brasileiros anunciando seus serviços e chegando a montar um escritório na Sample Road para atender à clientela, sem qualquer medo da polícia. Marco está na América há mais de 10 anos, entre idas e vindas do Brasil, e já trabalhou em dealers de automóveis e teve até uma revendedora de aparelhos celulares na região. Nesta época, comenta-se, chegou a perder mais de 50 mil dólares em investimentos mal-feitos, como a abertura de uma loja que fechou em menos de dois meses e a aquisição de parcela de uma sociedade num business ligado ao setor imobiliário que faliu.

Há alguns anos, chegou a freqüentar os encontros da Brazilian Association of USA (Brausa), uma entidade que reunia líderes comunitários ? pastores evangélicos, comerciantes e empresários brasileiros ? com o objetivo de defender os interesses dos brasileiros no sul da Flórida. Marco foi desencorajado a lutar por uma vaga na diretoria do grupo e, posteriormente, foi 'convidado' a abandonar a Brausa por conduta inapropriada. "Algumas de suas atividades realmente não combinavam com o perfil do que queremos para a associação", revelou o atual presidente Joe Menezes, proprietário do supermercado Via Brasil.

Já Gustavo, de temperamento mais discreto, aparecia pouco. Os agentes federais acreditam que era ele quem operava as falsificações, o que deixaria o trabalho de marketing, relações públicas e vendas sob responsabilidade do parceiro. Os dois já estavam sendo investigados há mais de dois anos, desde que o escritório regional dos US Marshals descobriu na comunidade brasileira um derrame de carteiras de habilitação falsas. O documento chegava a custar mil dólares por pessoa.

"Ninguém me contou não, eu mesmo vi esse homem chegando com um bolo de notas num restaurante brasileiro dizendo que havia vendido mais de 10 carteiras de motoristas em um dia", afirmou um membro da comunidade, se referindo a Marco Barbosa. Essa pessoa, que preferiu não se identificar, ressaltou que considerava justa a prisão da dupla. "Além de manchar o nome dos brasileiros por aqui, eles muitas vezes extorquiam dinheiro das pessoas mais humildes, ameaçando que iam fazer denúncias à Imigração", contou.

Os dois estão, agora, na prisão central de Broward, em Fort Lauderdale. Em entrevista pelo telefone à reportagem do AcheiUSA, um funcionário do distrito do sul da Flórida (Southern District ) do US Marshals não soube ? ou não quis ? informar o valor da fiança estipulada para que os dois aguardem a audiência em liberdade. Mas o advogado Max Whitney calcula que os crimes cometidos são passíveis a 15 anos de detenção e posterior processo de deportação. E acrescentou: "Os casos federais têm 90% de probabilidade de acabar em condenação, pois os agentes só efetuam a prisão se estiverem com todas as provas em mãos, e eles não brincam em serviço", disse Max.

Fonte: (acheiusa.com)

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