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Publicado em 27/06/2008 as 12:00am

Campanha "Adote um aluno" chega aos Estados Unidos

Brasileiros que vivem no exterior poderão colaborar

Luciano Sodré

Agência Brazilian Times de Notícias - ABTN

 

Atuando há 12 anos na erradicação do analfabetismo no Brasil, a Alfabetização Solidária, está entrando nos Estados Unidos em busca de promover a campanha "Adote um Aluno". A organização, neste período de existência já alfabetizou mais de 5 milhões de brasileiros, com idade acima de 15 anos, os quais jamais tiveram a oportunidade de entrar em uma sala de aula quando criança. Também foram treinados mais de 200 mil alfabetizadores.

O diretor de relações internacionais da organização, Daniel Augusto Furst Gonçalves, recebeu a tarefa de preparar o terreno para o lançamento da campanha, que estará na mídia brasileira muito em breve. Ele explicou que a idéia de expandir a "Adote um Aluno" em terras estrangeiras, se deu em virtude dos milhões de brasileiros que vivem foram do Brasil e sentem necessidade de ajudar alguma iniciativa social em seu país natal, mas não sabe como proceder.

Ele disse que a Alfasol (nome dado para Alfabetização Solidária) já conta com grandes parceiros e destacou multinacionais que acreditaram no projeto. "Mesmo assim ainda temos mais de 16 milhões de brasileiros precisando ser alfabetizados e por isso estamos expandindo a nossa campanha além das fronteiras do Brasil", explica.

Na Alfasol existem vários programas em atividade e em um deles surgiu a campanha "Adote um Aluno", que tem como objetivo angariar recursos que venham custear todas as despesas de aprendizado do analfabeto.

Daniel disse que o valor será de $ 500.00 por aluno e esta quantia cobrirá as despesas de "18 meses de cursos, treinamento dos alfabetizadores, compra de material didático, merenda escolar, além de custear a visita de membros da organização aos locais onde estão acontecendo as aulas, para monitoramento". O alfabetizado, após o período, estará apto a ingressar numa escola normal na 5ª série.

Ele explica que o valor poderá ser pago parcelado e os empresários que contribuírem para a campanha, receberão um certificado que proporcionará descontos no imposto de renda pago nos Estados Unidos.

A campanha ainda não está com a data certa para ser lançada, mas Daniel vem mantendo contato com lideranças comunitárias e empresários brasileiros, além de alguns membros da comunidade norte-americana. "De início entraremos no país através da mídia brasileira, mas já estamos preparando um material em inglês para que possamos sensibilizar os estadunidenteses a colaborarem", salienta.

Os interessados em saber mais informações podem acessar o site www.alfabetizacao.org.br

 

O ANALFABETISMO NO BRASIL

Trabalhando em cima do senso de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisticas-IBGE, a Alfasol pegou um Brasil com 13,6% de analfabetos. E desde a sua fundação, as conquistas foram muitas. Conforme dados apresentados no site da organização, em 2109 municípios, foram alfabetizados 5,3 milhões de brasileiros e capacitados 248 mil alfabetizadores. Para este trabalho, a Alfasol conta, também, com a parceria de Instuições de Ensino Superior-IES.

Devido ao grande trabalho realizado pela organização, o IBGE creditou a ela, a responsabilidade pela diminuição em mais de 32% na taxa de analfabetismo no Brasil, nesta última década.

Os trabalhos de alfabetização desenvolvidos pela Alfasol foca mais cidades no Norte e Nordeste brasileiro, onde a concentração de analfabetos é maior. "Mas temos pontos em outras regiões do Brasil", acrescenta Daniel.

Explicando os motivos do alto índice de analfabetos brasileiros, Daniel, cita a necessidade dos chefes de família em trabalhar para sustentar a família e "não ter tempo para estudar". Outro ponto apontado por ele é que maioria dos pais colocarem seus filhos para trabalhar muito cedo e por isso não há incentivo para que eles procurem uma sala de aula.

 

DIFICULDADES

Uma das grandes dificuldades da organização, além da falta de recursos, é a existência de comunidades distantes fica "quase impossível de serem atendidas". Isso requer uma estrutura maior e gera gastos. "Como maior parte dos nossos alunos são adultos, eles trabalham e não possuem condições para se locomoverem para outras cidades, nossa tarefa e fomentar a sua alfabetização na sua região", explica.

 

ALFABETIZADORES

Daniel disse que para selecionar os alfabetizadores que serão treinados, a organização segue alguns quesitos, "entre eles o candidato deve ser líder, saber mobilizar e incentivar o aluno e ter conhecimento de alfabetização. Não é necessário ter cursado uma faculdade".

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)

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