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Publicado em 2/09/2008 as 12:00am

Chris X Dawn: quem entenderia melhor os brazucas?

Chris Walsh e Dawn Harkness disputam a vaga de deputado estadual também com Pam Richardson, que está tentando se reeleger. Todos são democratas e não há candidato republicano

Por  Miryam Wiley

 

Quando Chris Walsh concordou em dar um entrevista para o  BT, primeiro sugeriu um novo cafe chamado Panache, na Rota 9. Mas concordou  em  mudar o encontro para a padaria  brasileira, que disse já ter visitado antes.   O  primeiro brasileiro à mão pra entrar na conversa foi um conhecido dele: Reggie  Lima.

“Você  se lembra de mim?” Walsh perguntou.  Reggie não se lembrava. Walsh elogiou o trabalho de  Reggie, que é especialista em muros de pedra e já fêz um para ele.  Reggie não se lembrou do arquiteto,  dizendo que trabalha pra muitos americanos, mas gostou da idéia de conversar com  o candidato, embora tenha insistido, rindo um pouco,  que não acredita em políticos e que eles  só aparecem para fazer promessas. 

Um  assunto importante pra um imigrante  brasileiro? “A carteira de motorista,” disse Robson  Lima, irmão de Reggie. Pra ele, essa é a prioridade que deveria estar na lista  de um candidato. Walsh, que é membro do Town Meeting, concordou dizendo: “De  fato, as pessoas ( da comunidade em geral) precisam decidir se o que é mais  importante nas estradas é a segurança. Carteiras para os imigrantes trariam  segurança para todos. Isso não é mais uma questão de imigração, mas de  segurança. Como deputado eu prometo trabalhar para aumentar a segurança nas  estradas, tentando conceder a todos a oportunidade de obter carteira, que vai  permitir que todos tenham seu seguro.”

Walsh  disse que muitos vêem essa questão como sendo um problema de  imigração. “ É  claro que é um problema de imigração,” disse  Reggie. Walsh  insistiu que é preciso enfatizar a segurança de todos nas estradas: 

Quarenta mil pessoas morrem a cada ano  em acidentes automobilísticos.” Nesse  momento entrou na padaria Vanda Fernandes que, vendo a presença de um candidato,  foi logo se abrindo sobre o que quer ver  acontecer.

“Eu  tenho pago meus impostos direitinho e o meu sonho é me tornar uma imigrante  legal,” disse a cabeleireira.  Walsh  retrucou:  “Eu acho que deveria  haver um processo para ajudar as pessoas que estão aqui se tornarem cidadãs,”  disse.  “E eu votaria pela anistia.”

  

Walsh  disse que ele quer criar uma economia diversa e para isso, se concentraria em  restaurantes que vão atrair muitas pessoas. Walsh  perguntou de repente, por que não existem na cidade mais lugares com música pra  ele frequentar. Sem resposta, ele foi logo falando que imagina Framingham como  uma cidade muito mais interessante. 

“Nós  temos 22 acres de terra pertinho do centro da cidade e que estão à beira de  lagos (waterfront properties  downtown)  Se nós conseguirmos  mudar os trens de ferro, poderíamos fazer um projeto para embelezar a área e  trazer muitos empregos, criando um centro de convenções, por exemplo. Ele citou  as mudanças que aconteceram em Providence, Rhode Island, e disse que Framingham  poderia seguir aquele exemplo para atrair  turistas.

 

( a  foto é a que foi noutro arquivo.  Por favor, use a legenda abaixo, que está correta:  )

Legenda:  Chris Walsh, candidato a deputado, conversa com os brasileiros

Reggie  Lima e Robson Lima, na Padaria Brasileira, em  Framingham

 

 

Dawn  Harkness

Dawn  Harkness, cujo primeiro nome quer dizer Aurora, em português, conversa rápido  feito brasileira e vai logo dizendo que ela é que é a pessoa que sabe lutar  pelos oprimidos. “Há  algum tempo,  autoridades da cidade  estavam tentando criar regras de inspeção da saúde pública que fossem mais  rígidas para certos restaurantes, particularmente os brasileiros.  Eu discordei,” disse Dawn, que, como  Chris Walsh, é membro governo local através do Town Meeting. “Pra mim não faz a menor  diferença quem esteja sendo checado. Eu gosto de leis e de regras justas, todo  mundo sendo tratado do mesmo jeito.”

Enquanto comia uma coxinha da Padaria Brasileira, no  sábado de manhã, insistiu que é ela que sabe melhor sobre a situação de gente  que sofre discriminações ( por ser lésbica)  e por isso espera que os brasileiros  prestematenção, mesmo que não possam eles mesmos votar nela. A esperança que  tem é que eles possam influenciar algum eleitor que conheçam.   Naturalmente que sendo tão aberta, corre risco de ser  julgada como alguém que está apoiando os indocumentados, mas a advogada insite  que é isso mesmo, que quer ser conhecida e vencer pelo que é, porque é assim que  vive. “Eu  defendo as minhas posições porque acho que são as mais certas e não faço questão  de ser popular se a situação for sobre defender os direitos básicos de qualquer  pessoa,” disse. 

Dawn,  que diz gostar muito da padaria brasileira, tinha conseguido licença para  colocar seu cartaz no vidro, na esperança de conseguir atrair alguns brasileiros  para a seu website, que tem uma parte escrita em português. No dia dessa  conversa o cartaz tinha sido removido, porque alguém reparou que estava a menos  de 100 yards  de um ponto de voto para a eleição e  então ela teve que retirá-lo.

O  brasileiro Denis Monteiro, de Goiás, e há quatro anos nos Estados Unidos, estava  tomando café na padaria quando ficou sabendo da oportunidade de levar uma  pergunta diretamente a uma candidata: “Tudo  o que eu quero é uma carteira de motorista,” disse  Monteiro. E  Dawn respondeu: “Eu concordo que é de fato uma questão que afeta a todos e é por  isso que defendo essa carteira há muitos anos. Todos saem ganhando quando os  motoristas são mais responsáveis porque entendem as regras de trânsito e pagam o  seguro.”

Dawn  tem planos sérios para incentivar a energia sustentável e já está acompanhando  de perto a construção da met tower, perto do prédio do Staples, que vai medir o  vento na área e ver ser é possível trazer uma turbina para captação do vento.”.  

Caesar Palladino Sodré  e Cássia Viana, que também estavam na  padaria, gostaram da oportunidade de encontrar uma candidata que esteja  procurando a comunidade brasileira. 

“Qualquer político americano que vem junto à comunidade  brasileira procurar voto merece crédito,” disse Sodré, que é eleitor  registrado.  Infelizmente para a  Dawn, ele  vota  em Natick.

 

(Publicamos matéria sobre a candidata Pam Richardson no BT de 29 de agosto de  2008)

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)

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