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Publicado em 2/09/2008 as 12:00am

O Brazilian Day visto por outra perspectiva

A edição 2008 do Brazilian Day voltou a preencher a 5ª avenida de New York Mais uma vez, milhares de brasileiros sairam de seus estados para curtir a festa, mas há quem vê este evento por outro ângulo

Por Marcelo Zicker

 

Durante 24 anos, o Brazilian Day estabeleceu-se como a maior festa brasileira fora do Brasil. Em média, um milhão de pessoas comparecem às ruas de New York, numa demonstração de patriotismo e amor pelas cores verde-amarelo. Mas enquanto o evento serve como oportunidade de entretenimento para a maioria, para alguns não passa de uma chance de aumentar a renda mensal.

Este ano o Brazilian Day aconteceu dia 31 de agosto (domingo) e na sua edição deste ano mais uma vez levou milhares de pessoas à 5ª avenida de NY, onde estavam montadas dezenas de barracas que vendiam desde alimentos, à camisetas, óculos, artesanatos e prestação de serviços. Segundo uma apuração extra-oficial, durante todo o dia de festa são gerados centenas de empregos diretos e indiretos.

Para a recém-chegada aos Estados Unidos,  Marianne Almeida, a surpresa com a grandiosidade do evento foi inevitável. “Cheguei há pouco tempo neste país, não sabia muita coisa sobre a festa, mas gostei do que presenciei. Fico feliz porque não são apenas brasileiros curtindo a Independência do Brasil. Norte-americanos e pessoas de outros países se misturam para celebrar as cores de nosso país”, afirma a estudante, que trabalhava em uma barraca vendendo camisetas.

Ela não ignora também a motivação maior de estar ali, o dinheiro. “O que estou ganhando aqui servirá para ajudar nas minhas despesas. Estou trabalhando, fazendo dinheiro e ainda consigo assistir aos shows daqui, olhando para o telão que armaram na frente da barraca”, brinca a carioca.

Muitas destas pessoas que deixaram a diversão de lado para faturar algum dinheiro eram oriundos de outros estados norte-americanos. Foi o caso de Anderson Rodrigues que, residente em Boston, trabalhou na barraca de uma empresa de remessas de dinheiro para o Brasil. “Venho sempre ao evento e penso que é possível se divertir e fazer dinheiro ao mesmo tempo. Converso com muita gente, conheço brasileiros de todas as partes dos EUA, consigo até mesmo assistir aos shows, graças aos telões espalhados em diversos lugares”, afirma o, também, carioca, que há 14 anos mora nos EUA.

Já a dentista Alice Karolline não foi para trabalhar, mas demonstrou surpresa com as oportunidades oferecidas na festa. “Vim apenas para estudar inglês, por alguns meses, e voltar ao Brasil. Mesmo não tendo contato direto com a comunidade brasileira imigrante aqui, me impressiona ver o tanto que eventos como esse podem ser, ao mesmo tempo comemorativos quanto lucrativos. Até eu fiquei com vontade de faturar alguns dólares”, relata a paulista.

O mineiro Adalberto Pascoloto, 31, vive nos Estados Unidos há oito anos e desde que chegou a este país participa da festa em NY, mas há quatro anos trabalha na festa. “Eu trabalho para um amigo meu que vende salgados e refrigerantes”, fala salientando que uniu o útil ao agradável. “Me divirto, conheço pessoas e ainda faço uma graninha”, finaliza.


História

O evento começou em 1984, nas proximidades da Rua 46, conhecida como a “rua dos brasileiros” em Nova York. Assim, iniciou-se como uma pequena festa de brasileiros que se reuniam para matar as saudades da terra natal. O Brazilian Day Nova York cresceu, se mudou para a Sexta Avenida e se tornou a maior festa brasileira realizada fora do Brasil. São cerca de 15 ruas tomadas pela multidão que se reúne para ver os shows e visitar as barracas de comida e produtos típicos.

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)

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