Publicado em 19/09/2008 as 12:00am
156 brasileiros tornam-se cidadãos estadunidenses
Pela primeira vez o estádio do Fenway Park foi usado para a realização do "Citizenship Day". A cerimônia de naturalização aconteceu na quarta-feira (17), com a presença do prefeito Thomas M. Menino
Por Elizabeth M. Simões
Pela primeira vez o estádio do Fenway Park foi usado para a realização
do “Citizenship Day”. A cerimônia de naturalização aconteceu na quarta-feira
(17), com a presença do prefeito Thomas M. Menino.
A juíza Patti B. Saris fez menção as comemorações da semana da
constituição e reconheceu a cidadania dos presentes. Em seu discurso ela
ressaltou que as pessoas que deixaram os países de origem possuem “coragem,
sorte e talento, e agora, eles podem colaborar com as suas aptidões para o
crescimento da América”.
A juíza disse ainda: “Estamos no Fenway Park, um local que é o símbolo do
esporte do país e motivo de orgulho para o Estado de Massachusetts. Aqui todo
mundo ganha! Sejam também fãs do Red Sox!”, brincou Saris, que relembrou a trajetória
de diversos atletas famosos, que foram naturalizados no país, e citou o jogador
de basebol David Ortiz, da República Dominicana. A multidão respondeu
calorosamente levantando as pequenas bandeiras estadunidenses.
Carlos Iturregui, chefe do escritório U.S Citizenship and Immigration
Services (USCIS) e Tracy Vanella do departamento de Homeless Security também
acrescentaram palavras de boas vindas e motivação, além de cobrar o
comprometimento civil de todos. “Em New York, muitos anos atrás, os Estados
Unidos receberam pianistas, arquitetos, artistas e muitos outros que
colaboraram com a nação e sabemos que isso se repetirá. Nós somos o povo e não
um indivíduo. Você é um cidadão e tem a mesma responsabilidade que todos nós
temos.”, disse Iturregui.
“Sejam Bem
Vindos”
Ronaldo Menezes cresceu em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, veio para os
Estados Unidos jogar no time de futebol Português e encontrou bons motivos para
permanecer os seus 26 anos. Residente em Lowell, ele disse ter encontrado
estabilidade no trabalho e conforto. “Gosto da mistura de raças e das estações
do ano. Fui ficando até hoje, o resultado dessa jornada é esse - Vim pegar a
minha certidão de cidadão e já posso comprar a minha casa”, disse Ronaldo, que
também faz planos para a sua aposentadoria.
Enquanto isso a paulista de Votuporanga, Gislaine Simões, apertava forte
o envelope com o documento, “Foram muitas batalhas!”, emocionou-se. A
empresária do segmento da limpeza passou as últimas horas ao lado da filha
Dalila falando incansavelmente de sua expectativa, “ela não dormiu a noite
toda, estava tão entusiasmada que não ficava quieta nenhum momento”, confessou
Dalila.
Gislaine disse categoricamente, “Essa é a hora de reunir a família. Vou
trazer a minha filha Daniela, que está na Itália para ficar conosco”, disse.
Próximo dela estava a família Almeida, de Ipatinga, comemorando a entrega da
cidadania ao sobrinho Rodrigo, “Estou muito feliz com a naturalização dos meus
parentes, quero que todos fiquem juntos”, disse o patriarca, que carinhosamente
abraçou o outro sobrinho, Ryan, de 13 anos, filho de uma segunda geração de
brasileiros nascidos nos Estados Unidos.
Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)