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Publicado em 23/09/2008 as 12:00am

Filhos de Cláudia Ávila vão receber seis milhões de dólares de indenização

Mais de quatro anos após a morte da brasileira Cláudia Ávila, a família da gaúcha finalmente obteve na Justiça a reparação pela dor e o sofrimento causados pela sua precoce partida, num acidente insólito na I-95

Mais de quatro anos após a morte da brasileira Cláudia Ávila, a família da gaúcha finalmente obteve na Justiça a reparação pela dor e o sofrimento causados pela sua precoce partida, num acidente insólito na I-95. Em fevereiro de 2004, quando trafegava no banco do passageiro pela rodovia interestadual na companhia do noivo, Paulo Velloso, ela foi atingida por uma placa de metal de 16 quilos, que atravessou o pára-brisa do carro depois de voar da carroceria de um caminhão. A causa somou mais de seis milhões de dólares, que deverão ser pagos aos três filhos de Cláudia – Fernanda, Renata e Cícero – por duas companhias acusadas de negligência.

Antes de morrer, no dia 26 de março daquele ano, Cláudia ficou em coma por 40 dias no Hospital Manor Care Health Services, em Boca Raton. Na época, a comunidade brasileira organizou diversos eventos para levantar fundos para o tratamento e, posteriormente, para o enterro, no Rio Grande do Sul. A brasileira tinha 43 anos. “A decisão do júri foi justa e, mesmo não trazendo Cláudia de volta, pelo menos servirá como alerta a outras companhias para que incidentes como este não se repitam”, afirmou o advogado Marc Wites.

A decisão foi divulgada no dia 17 de setembro, na Corte de Palm Beach, depois de oito dias de julgamento. O júri considerou as empresas Tarmac America (do ramo de construção) e a firma de transporte E.M. Transfer responsáveis pela morte da brasileira por negligência. Segundo informações dadas pelo escritório, a Tarmac vendeu centenas de placas de metal para uma terceira empresa, a IGM (também citada no processo), que contratou a EM Transfer para transportar a mercadoria desde Fort Lauderdale.

Um dia após o fim do julgamento, Wites e as duas filhas de Cláudia concederam uma entrevista coletiva no escritório de advocacia, em Lighthouse Point. “É muito duro. Eu ainda me sinto perdida às vezes, especialmente quando preciso de alguém para me ajudar em coisas rotineiras, como trocar as fraldas da minha filha ou enfrentar as dificuldades da vida”, contou Fernanda Ávila, segurando no colo a pequena Kalyani. Ela lembra que, naquele dia em 2004, a mãe deu um telefonema minutos antes do acidente dizendo que já estava chegando em casa. “Até hoje eu fico maluca quando alguém se atrasa para os encontros, pois minha mãe jamais apareceu”, disse Fernanda.

Renata também falou como a tragédia a marcou. “Minha vida nunca mais foi a mesma. O consolo é que a justiça foi feita, para que outras famílias não enfrentem o mesmo drama que nós passamos”, espera Renata, que também tem um filho. Wites, que no dia da sustentação oral do julgamento contou com a mãe e da avó na audiência, ressaltou que aquelas jovens e suas crianças jamais teriam a presença de Cláudia nos momentos importantes.

O advogado acrescentou que para elaborar a ação, o escritório precisou do auxílio de investigadores e testemunhas, pois as empresas não se anunciaram. “Mesmo assim, conseguimos valiosas informações e conseguimos reconstituir o cenário do incidente. O júri determinou que o valor da causa será repartido entre a Tarmac (28%) e a EM (72%). Cada filho de Cláudia receberá dois milhões de dólares pela perda da mãe e outros 98 mil dólares pelos custos com as despesas médicas.  

Fonte: (acheiUSA)

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