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Publicado em 7/10/2008 as 12:00am

Batida da imigração prende 300 ilegais na Carolina do Sul

Agentes federais prenderam 300 imigrantes, suspeitos de estarem vivendo no país de forma ilegal, nesta terça, 7 de outubro, numa fábrica de processamento de frangos, em South Carolina. A empresa estava sendo observada há alguns meses

Por Phydias Barbosa          


            Agentes federais prenderam 300 imigrantes, suspeitos de estarem vivendo no país de forma ilegal, nesta terça, 7 de outubro, numa fábrica de processamento de frangos, em South Carolina. A empresa estava sendo observada há alguns meses.

            A batida aconteceu na hora da troca de turno, quando a polícia e os agentes federais se espalharam pela “Fazendas Reunidas House of Raeford´s, Columbia” e ordenou a todos os  trabalhadores que se identificassem, de acordo com policiais e algumas testemunhas.

            Maria Juan, de 22 anos, e mais de 50 pessoas, entre amigos e parentes dos trabalhadores presos, correram logo para a porta da fábrica após a “ blitz”, alguns procurando por familiares frenéticamente em seus aparelhos celulares. Maria estava esperando sua avó, imigrante legalizada, da Guatemala, que foi trabalhar e esqueceu os papéis em casa, mas foi solta mais tarde ao provar sua identidade. Maria disse à reportagem: “Muitas crianças, diversos bebês estão agora sòzinhos. Porque estão fazendo isso com eles? Eles não fizeram nada, só queriam trabalhar.”

            Os oficiais da imigração mantiveram os trabalhadores dentro da fábrica e passaram toda a manhã entrevistando-os, a fim de determinar quantos deles estariam morando ilegalmente nos EUA, disse Kevin McDonald, Assistente do Procurador Geral da Nação.

            O número de trabalhadores detidos é grande. Uma revisão recente nos papéis e documentos relacionados com 825 trabalhadores da empresa, 775 apresentavam informação falsa.  

            A House of Raeford processa frangos e perus em 8 fábricas na Carolina do Norte, Carolina do Sul, Georgia, Louisiana e Michigan. Até agora, a companhia não se manifestou a respeito das prisões.

            Agentes da imigração e procuradores federais investigavam a forma de “hiring” (contratação) da Fábrica há diversos meses. Doze pessoas foram acusadas, a maioria por falsificar documentos. Sete foram julgados culpados, três ainda aguardam julgamento e duas pessoas fugiram.

            O jornal The Charlotte Observer foi o primeiro a divulgar a notícia sobre imigrantes ilegais estarem trabalhando na Organização e que os gerentes teriam conhecimento disso. Pelo menos, uma trabalhadora confirmou: “Todo mundo sabia que a maioria dos trabalhadores era ilegal. Não era nenhum segredo. Cada um ficava na sua e fazia seu trabalho” , disse Dorothy Anthony,  que trabalha com a irmã Alice na seção de desossamento (deboning line). As duas são cidadãs e foram liberadas depois de mostrarem suas Ids.

            Muitos trabalhadores moram perto da fábrica e motoristas da região paravam para ver o que tinha acontecido. As autoridades, no final da tarde, estavam organizando o cuidado necessário aos filhos dos trabalhadores detidos na batida, uma das diversas que aconteceram a nível nacional este ano de 2008.

            Em Agosto, mais de 600 trabalhadores ilegais foram detidos no Mississipi e, em Maio, foi a vez da Agriprocessors, a maior empacotadora de carne kosher do país, no Iowa, quando 400 trabalhadores foram presos e uma grande quantidade de cartões de residência (green cards) falsificados foram encontrados no Departamento de Pessoal da firma, segundo informações da própria corte que julgou o caso.

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )

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