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Publicado em 21/10/2008 as 12:00am

Brasileiro vive dia de cão em Miami

O brasileiro Rodrigo Santos teve, como ele próprio diz, "um dia ótimo para ser esquecido". No entanto, este mineiro de Sete Lagoas ainda vai se lembrar por muito tempo do que viveu em 25 de setembro em Miami

O brasileiro Rodrigo Santos teve, como ele próprio diz, “um dia ótimo para ser esquecido”. No entanto, este mineiro de Sete Lagoas ainda vai se lembrar por muito tempo do que viveu em 25 de setembro em Miami. O que era para ser uma simples caminhada pelo calçadão de South Beach tornou-se uma experiência desagradável, humilhante e que ilustra um pouco a condição dos estrangeiros nos Estados Unidos, sejam eles imigrantes ou turistas, como Rodrigo.
Tudo aconteceu na 14th Street, quando ele – irmão da empresária Ana Martins, da ACM Productions – resolveu comprar uma latinha cerveja para passear na orla marítima, sem saber que é proibido consumir bebidas alcoólicas nas ruas da Flórida. Neste momento, ele foi interpelado por dois policiais, que de maneira grosseira mandaram-no jogar a latinha fora. “Desconhecia essa lei, pois nas dezenas de vezes que vim a este país nos últimos 25 anos jamais vi um anúncio neste sentido ou mesmo um aviso na via pública ou sequer, como turista, recebi qualquer manual de comportamento ou orientação dos vendedores destes produtos”, comentou Rodrigo, que obedeceu de imediato a ordem das autoridades.
O problema maior foi quando ele resolveu argumentar com os agentes que não conhecia a lei e por isso não entendia tanta agressividade por parte deles. Num surpreendente ataque de fúria, um dos policiais mandou que ele calasse a boca e ainda o empurrou, jogando-o no chão. Caído no meio-fio, o brasileiro questionou mais uma vez a necessidade daquela ação rude, até porque havia jogado fora sua bebida, mas acabou recebendo ordem de prisão.
Rodrigo, de 49 anos de idade, foi levado algemado para um centro de triagem policial ali mesmo em South Beach e, apesar de ter implorado por uma chance de telefonar para a irmã, na casa de quem está hospedado, não teve seu desejo atendido. “Me jogaram numa cela com um psicopata que gritava palavras de guerra e com um drogado. Fiquei muito assustado”, lembra o mineiro. Depois de 22 horas detido, tempo em que foi levado para outros três diferentes centros de detenção e acabou alojado próximo a uma privada, ele finalmente ficou frente à frente com um juiz, que de imediato o inocentou sem sequer procurar os detalhes do caso.
“Ainda hoje tenho pesadelos horríveis e não consigo dormir direito. Foi uma experiência terrível, que tenho medo jamais conseguir tirar da minha cabeça”, afirmou o brasileiro, que só depois de liberado conseguiu falar com a irmã. Ana, por sinal, preocupada sem notícias de Rodrigo, foi à polícia, hospitais e até necrotérios em busca de notícias. Na delegacia, ela chegou a fazer, com a ajuda de um detetive, um cartaz com a foto de Rodrigo, que, julgavam, estava desaparecido.
Passados quase 30 dias do ‘dia de cão’, o mineiro resolveu divulgar o acontecido. “Além de um desabafo, gostaria de alertar aos brasileiros sobre esta lei e, com isso, fazer com que outros não passem pelo mesmo problema”, disse o Rodrigo.

Fonte: (acheiUSA)

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