Publicado em 31/10/2008 as 12:00am
Pintora brasileira expõe quadros na Biblioteca de Lynn
"De repente a pintura começou a sair, assim, com a maior facilidade," diz a brasileira Maria Rosário Jardim, engenheira civil que vive há cinco anos nos Estados Unidos
“De repente a pintura
começou a sair, assim, com a maior facilidade,” diz a brasileira Maria Rosário
Jardim, engenheira civil que vive há cinco anos nos Estados Unidos.
A surpresa não foi pequena para a
belorizontina que, morando em Lynn, Massachusetts, resolveu trabalhar como
voluntária num centro para a terceira-idade em Swampscot.
“Eu cheguei lá e eles
tinham mais voluntários do que precisavam,” conta Maria, que resolveu então
entrar numa sala onde havia algumas pessoas pintando.
“Não é uma aula, porque a pessoa que coordena
o grupo é escultora, mas ela dá opinião se alguém pedir,” disse Maria. “Eu
sentei lá e resolvi começar a pintar e fui pintando, com a maior facilidade, sem
nunca ter feito isso antes.” As pessoas em volta começaram a dizer que as
pinturas eram boas e quando a notícia correu no meio do grupo do tricô sobre as
pinturas da Maria, alguém logo resolveu se oferecer pra fazer o contato com a
biblioteca, que já está fazendo a exposição.
Filha do artista Artur
Cândido Jardim, Maria diz que sempre teve familiaridade com a arte do pai, mas
nunca se interessou por pintura antes. “Projetei e
executei muitas obras, mas o trabalho que mais gostei de fazer e no meu
entender, o mais importante deles, foi a restauração das colônias de
leprosos para a Fundação Hospitalar de Minas Gerais,” disse. “Foi um projeto
visando e embutindo soluções para os problemas sociais daquelas
cidades, tornando as colônias auto-sustentáveis.”
Aluna do Commonwealth Seminar, um curso semanal que
ensina imigrantes sobre diversas áreas do governo do estado, Maria tem
planos:
“Eu quero aprender
sobre as leis e o orçamento do estado de Massachusetts porque pretendo
desenvolver projetos auto-suficientes juntamente com as comunidades,” disse.
E enquanto aprende, vai
de vento em popa na descoberta da velha arte que viu de perto quando criança. “O
que eu acho graça é como vai saindo assim com tanta facilidade,” diz Maria. “É uma sensação diferente porque eu vejo as
outras pessoas pintando e vejo as dificuldades que têm pra poder pintar.”
A coletânea de 30
quadros, incluindo cinco pinturas a óleo, aquarelas e alguns trabalhos em
pastel, fica na biblioteca de Lynn até seis de novembro. Maria espera atrair brasileiros interessados
em arte e garante um bônus a mais pra quem se aventurar.
“A biblioteca de Lynn
é a coisa mais linda, parece um bolo de casamento. Eu quero ver se ajudo pra
que seja mais como um centro cultural com eventos,” disse.
Fonte: (Da redação)