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Publicado em 20/11/2008 as 12:00am

Clientes de concessionária brasileira têm carros retomados

O brasileiro Charles Ferrari, proprietário da concessionária de automóveis Floridauto Sales, em Pompano Beach, está sendo procurado pela polícia de Broward

O brasileiro Charles Ferrari, proprietário da concessionária de automóveis Floridauto Sales, em Pompano Beach, está sendo procurado pela polícia de Broward, depois que diversos de seus clientes denunciaram ter tido os carros retomados, mesmo estando com os pagamentos em dia. Ferrari é considerado foragido pela polícia.

O estudante de artes German Guevara, um de seus clientes, contou ter perdido um Honda Civic para a concessionária. “Sinto falta do meu carro.

Eles querem enganar a mim e a mais um monte de pessoas”, disse.
Guevara estava prestes a pagar a última prestação do carro. Um dia ele acordou, e não encontrou mais seu carro. Pelo menos outras 45 pessoas estão na mesma situação. O número corresponde às reclamações apresentadas por clientes de Ferrari ao Department of Motor Vehicles (DMV). No local onde funcionava a Floridauto, agora existe outra empresa, cujos proprietários têm recebido, diariamente, filas de clientes furiosos de Ferrari. Entre os carros retomados ilegalmente estão Jeeps, Monte Carlos, trucks e Expeditions.

De acordo com as investigações, os veículos eram retomados, em geral, de pessoas da classe trabalhadora, que pagavam em dia suas prestações. Alguns deles perderam milhares de dólares e não têm dinheiro para comprar outro carro. “Isso é errado, fazer isso com pessoas trabalhadoras como nós. Você sabe como está a economia atualmente”, disse Tommy Wright, que também foi lesado.

Na prática, os veículos eram vendidos de forma regular, e financiados, por intermédio de financeiras. Os valores dos financiamentos, no entanto, eram pagos diretamente pelos clientes à concessionária que, aparentemente, não repassava os pagamentos à financeira, o que teria motivado a retomada dos carros por parte da financeira.

O rapaz ainda tinha esperanças de recuperar o carro. “Provavelmente ele vai me ligar e me dizer onde está o carro”, disse. E ligou. Quando um canal de televisão norte-americano começou a entrevistar funcionários da Floridauto, Guevara recebeu uma ligação de Ferrari. “Vou ligar pra você daqui a pouquinho. Espero que você atenda, e então você poderá ir e pegar seu carro. Falo com você mais tarde. Tchau”, disse Ferrari.

- Fiquei realmente surpreso que ele me ligasse – disse Guevara. Ele foi instruído por Ferrari a ir à sua casa, em Pompano Beach. Lá, o guarda do condomínio entregou a ele um envelope com as chaves. Em seguida, Ferrari, novamente ligou, dizendo que Guevara entregasse ao guarda $700. Guevara argumentou que só daria o dinheiro depois que soubesse onde estava o carro, e ameaçou processar Ferrari.

Depois de alguma discussão, sempre acompanhado pelo canal de televisão, Guevara conseguiu o endereço, e foi até lá. O carro estava em um estacionamento na Oakland Park Boulevard com 21st Street.

Em agosto, policiais de Davie disseram que Ferrari teria confessado crime semelhante, e depois teria desaparecido. O detetive Bill Coyne, da polícia de Davie, disse que o caso é de fraude e roubo, e que acusações criminais serão apresentadas ao procurador do estado. “Não é apenas este caso. São muitos casos”, disse.

 O contato foi feito sem sucesso com todos os telefones disponíveis de Charles Ferrari. Os telefones fixos e celulares que pertenciam a ele e a familiares, na Flórida, estão desligados. Pessoas ligadas a Ferrari entraram informaram que ele estaria no Brasil.

Fonte: (Gazeta News)

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