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Publicado em 9/12/2008 as 12:00am

Remessas atrasadas geram equívocos entre a comunidade

Em virtude da grande expectativa gerada com a valorização do dólar e sua consequência no Brasil, o Brazilian Times, preocupado com o bem estar de seu leitor, decidiu fazer uma série de entrevistas com empresários ligados ao setor

 Por Phydias Barbosa

 

Em virtude da grande expectativa gerada com a valorização do dólar e sua consequência no Brasil, o Brazilian Times, preocupado com o bem estar de seu leitor, decidiu fazer uma série de entrevistas com empresários ligados ao setor. O imigrante que faz sua remessa “ganha” com essa valorização, mas, em alguns casos, tem sido obrigado a esperar mais tempo do que o costumeiro para ver o real em sua conta.

O primeiro voluntário para essa nossa pesquisa foi o Eliseu Soares, que atua no mercado há sete anos e representa a Global Remessa há três. Ele administra 5 lojas e dá assistência aos agentes gerais da Global em Massachusetts.

Perguntado sobre a questão da reclamação do atraso nas remessas, Eliseu dissertou sobre a abrangência do problema e pontuou as fraquezas do mercado, na forma profissional que lhe é peculiar:

Ele afirma logo no início que “o que devemos entender é que a crise financeira mundial tem sido um dos impecilhos para fazer com que tudo funcione normalmente. Se uma remessa atrasa 3 dias ou mais, o problema não está na empresa local. Dentro do conceito no qual o mercado financeiro ficou, ou seja, sem controle por parte das instituições normatizadoras, 3 dias ainda é pouco...”

E o BT perguntou: Mas, foi sempre assim?

E.S.: Em tempos normais, uma empresa de remessas fecha o dia de relações comerciais nas suas lojas e agentes, e no dia seguinte, pela manhã, já tem que estar fazendo os depósitos bancários de seus clientes no Brasil. Esse valor, (ou o “lote”, como é conhecido no jargão do mercado) vai ser negociado com os bancos envolvidos no processo de pagamento. Eles, então, vão vender o dólar no mercado brasileiro e, só então, fazer o depósito na conta do cliente.

BT: Por quê a taxa de remessa varia tanto de cliente para o outro?

E.S.: A taxa, embora seja algumas vezes diferente de uma empresa para outra, a remessa vale pelo valor escrito no recibo. O valor comercial a ser pago sempre deve ser fixo.

BT: Mas há clientes que reclamam de valores menores pagos no Brasil.

E.S: Algumas companhias têm uma ótica diferente, aceitando fechar o recibo com índices que são divulgados pela imprensa na hora em que o cliente faz a remessa. Mas isso poder gerar problemas, pois o recipiente poderá, em alguns casos, receber menos do que o valor contratado.

BT: Por quê existe demora para o dinheiro entrar na conta do cliente em real?

E.S: Às vezes, o mercado no Brasil fica sem real para pagar imediatamente e demora a depositar o dinheiro na conta do cliente. Acontece muito não haver negociação, naquele momento especifico. Há casos em que não conseguimos fazer a transação com o banco comprador, que às vezes demora. Mas sabemos que o banco vai pagar, eventualmente, dentro de um prazo normal. Toda liquidez das empresas sérias é feita na manhã seguinte à remessa feita. O dinheiro segue, então, seu caminho normal.

           

            EUA, porto seguro para investimentos mundiais

Continuando a conversa com o representante do BT, Eliseu afirma que “a crise mundial passa pelos Estados Unidos e pelo dólar, mas sabe que esse é o país com o maior PIB mundial (25%). Aqui, podem acontecer terremotos financeiros, tsunamis de crises, mas será pouco provável que caia completamente, pois é o esteio do mundo em termos financeiros, é uma potência imbatível neste sentido”.

Ele também nos disse que “o tesouro nacional deste país é o Porto Seguro para qualquer tipo de investimento comercial no mundo. Os grandes bancos e empresas européias estão investindo aqui, porque sabem que o país vai se recuperar a curto e médio prazo, tanto que o dólar está aí, supervalorizado. Se dinheiro não fosse uma comodity segura para os investidores, eles estariam colocando dinheiro em petróleo. Mas veja só, o petróleo acaba de baixar porque sentiu o efeito da crise... e o dólar continua se valorizando a nível mundial”.

 

Peça para ver o original da licença de remessa

O BT alerta, então, ao público que faz remessa, para tentar se livrar dos aventureiros, pois as empresas que se prezam precisam ter uma licença, fornecida pelo estado de Massachusetts. Além disso, elas precisam fazer um depósito em dinheiro para se qualificarem. Essa qualificação dá a garantia ao cliente de que o dinheiro dele está em boas mãos.

Se alguns lojistas ficam com o dinheiro do cliente até 10 dias, usando aqueles fundos para investimento, com certeza são mal comerciantes. O cliente precisa entender que, a partir do momento que tem um recibo com o número da licença, ele está completamente seguro. Portanto, livrem-se dos aventureiros que “passam” dinheiro, pois esse é um negócio de risco...

Se pagam mais em real pelo valor do dólar na cotação geral do dia, isso não dá garantia absoluta de que o dinheiro vai chegar no destino.Quem tem licença é obrigado a prestar contas no dia posterior ao lançamento da remessa e tem que fazer logo o pagamento na conta do cliente no Brasil.

As empresas licenciadas e que são sérias no mercado, não podem ficar mais de 3 dias com o dinheiro do cliente, muito menos 30 dias, como foi noticiado por um cliente insatisfeito através deste jornal. Isso pode ser problema do agente em não repassar a remessa. Com o recibo na mão, o cliente deve sempre ligar para a licenciadora e verificar o status da remessa.

É possível uma remessa atrasar uma semana, por causa da flutuação do mercado e pela inabilidade dos bancos em fecharem o câmbio em tempo hábil. Mas é muito raro. Nesse caso, o cliente precisa se cobrir, o recibo da remessa é sua prova. O prazo normal é 72 horas a partir do momento que o dinheiro é repassado.

Entretanto, ao fecharmos essa edição, as remessas estavam normalizadas e havia pouca ou quase nenhuma reclamação por parte de clientes.

            O BT vai continuar entrevistando empresários do ramo e se você, que é um deles, ou é um cliente que se acha lesado por alguma companhia, ligue para nossa redação. Queremos entrevistá-lo e mostrar seu ponto de vista.

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)

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