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Publicado em 17/12/2008 as 12:00am

Seminário descomplica a busca por planos de saúde em MA

Desinformação tem mantido brasileiros sem cobertura de saúde

Julcimar de Oliveira não sabe como buscar um plano de saúde em Massachusetts. Carlos Leite precisa de ajuda para fazer um “check up” geral. A última vez que ele visitou um médico foi há cinco anos.

Mais de dois anos depois de ter sido aprovada a reforma da saúde, determinando que todos os residentes de Massachusetts fossem segurados,  a desinformação continua a ser uma das primeiras razões que justificam porque muitos imigrantes não têm planos de saúde.

No sábado, 13, o Community Health Education Day, um seminário organizado na biblioteca pública de Framingham, ajudou a começar a tirar as dúvidas dos trabalhadores brasileiros. Pelo menos duas dúzias de trabalhadores sabatinaram Dayanne Leal, do Health Care for All.

“Qualquer pessoa que declara imposta e ganha menos de US$ 15 mil não precisa se preocupar em pagar a multa por não ter plano de saúde,” disse Dayanne.

O seminário serviu para explicar para muita gente que achava que ter cobertura do antigo FreeCare, já era o suficiente para fugir da multa, que este ano gira em torno de US$ 980. Dayanne explicou que o FreeCare nunca foi um plano de saúde, mas sim um apoio para aquele não têm condições financeiras de pagar um plano.

“Todo mundo tem acesso à cobertura grauita da Safety Net (substituto do FreeCare). Mas todo trabalhador precisa saber que mais importante que evitar a multa é ter um plano de saúde,” disse Sérgio Viana, do Neighborhood Health Plan.

Embora o governo de Massachusetts tenha anunciado que 93% da população do Estado já esteja coberta, o número de segurados é menos generoso entre a população imigrante.

No Framingham Community Health Center, centro médico do grupo Great Brook Valley que opera com recursos estatais, 80% dos pacientes são brasileiros.

“Deveríamos ver mais gente buscando informações aqui hoje,” disse Kelly Celestino. No Framingham Health Center já há uma fila de espera de 400 pessoas.

“Não importa qual é a sua situação financeira, a reforma estadual de saúde foi feita para oferecer a chance para todo mundo de ter um plano de saúde,” disse Jarret Barrios, presidente da Fundação Blue Cross Blue Shield em massachusetts.

Apesar do public reduzido, o seminário aproximou a comunidade de organizadores comunitários de saúde e médicos. Enquanto os trabalhadores tiravam as dúvidas com o pessoal do Health Care for All, o médico Eduardo Henrique Ribeiro improvisava as consultas.

“Se eu pudesse prescrever uma pílula mágica para todos os meus pacientes, essa seria a pílula do exercísio,” disse Ribeiro, que atende diarimanete numa clínica em Framingham.

A preocupação de Julcimar de Oliveira, trabalhador na manutenção de um clube de tênis em Ashland, “é ficar doente e quebrado, porque aqui o tratamento de saúde custa uma fortuna.”

O seguro da MassaHealth do jardineiro Leônidas de Oliveira expirou. Durante o seminário ele teve as todas as suas perguntas respondidas. Ele lamenta ver que a comunidade brasileira não compareceu.

“Tenho certeza que como eu, muita gente não sabe como ou onde procurar um seguro,” disse.

Já Carlos Leite, de Walpole, sofreu dois acidentes automobilísticos enquanto entregava pizza em Norwood. Ele está preocupado por não ter visitado um médico nos últimos cinco anos.

“Eu nunca participei de um seminário como este. Mas, com certeza, o que aprendi aqui servirá para responder as perguntas de pelo menos 10 pessoas, entre amigos e a família,” disse o paulistano Leite, que está preocupado com o seu risco de contrair diabestes, já que seu pai e sua mãe devenvolveram a doença.

Fonte: (Eduardo A. de Oliveira- EthnicNewz.org)

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