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Publicado em 19/12/2008 as 12:00am

Falsário Valadarense preso em flagrante pelo ICE

Ele foi descoberto em Medford, no momento em que entregava o documento falsificado

 

Por Elizabeth Simões


O valadarense, identificado pelas iniciais EV., de aproximadamente trinta anos de idade, estava entregando a certidão de cidadania porto riquenha para um suposto brasileiro indocumentado, quando foi surpreendido pela prisão em flagrante, decretada pelo agente disfarçado do Immigrantion and Customs Enforcement (ICE). A versão relatada pela própria irmã do preso, foi concedida ao jornal Brazilian Times, logo após a saída dos oficiais que recusaram-se a comentar o caso.

Seis policias estavam deixando o prédio habitado por pelo menos cinco famílias brasileiras, localizado na Washington Street, em Medford-MA, quando a irmã (que preferiu não revelar o nome) ainda tentava contatar os advogados para representar os seus dois irmãos presos na operação. “Quarenta homens estiveram aqui e levaram eles. Eu sabia que EV. estava sendo vigiado. Passei o mês inteiro pedindo para ele parar. Alertei que algo ruim aconteceria, mas não me deu atenção”, desabafou.

A certidão emitida por Porto Rico é um documento que viabiliza o direito à cidadania americana, pois politicamente o país é um Estado livre, associado aos Estados Unidos. Os computadores usados para falsificar esse papel e até mesmo a carteira social foram apreendidos como prova legal. “Esse é o segundo natal de EV. na cadeia. Ele já havia sido preso e deportado quando fez uma montagem, (referiu-se a falsificação de passaporte). Passou dez meses na cadeia e foi pego de novo com a mão no...”, interrompeu com receio de terminar a frase.

Depois de regressar, tendo atravessado a fronteira do México, EV passou a trabalhar como pintor, mas estava insatisfeito com o valor recebido, “trabalha pesado, não entendo porque precisava de mais dinheiro, acho que foi ganância. Ele queria pagar o apartamento para voltar a morar no Brasil e pretendia voltar no ano que vem”.

O outro irmão estava no apartamento ao lado com a nora e a mãe de EV. “Eles bateram com força na porta dos fundos e eu fiquei com medo de abrir. Em seguida, tiveram mais batidas na frente e não tive escolha. Mostraram a cópia da carteira de motorista falsificada com o nome da minha nora e perguntaram aonde ela estava. Assustados, nós dissemos que não sabiamos quem era.”, narrou a mãe.

Como a cópia da driver’s license também era falsificada os oficiais não a identificaram. “Ela tinha outros documentos guardados com o mesmo nome da carteira, mas eles não checaram ninguém da família, levaram só os dois”, continuou a história.

Na casa estavam cinco crianças, a mais nova com quatro anos de idade, sendo três delas, filhos de EV. e as outras duas de SN. “SN não estava envolvido com a montagem, mas ele já havia recebido carta de deportação e não obedeceu”, a irmã tornou a falar.      

Quando a nora soube que EV. também estava sendo preso, transtornada, teria arriscado-se protestando com os oficiais, “Ela gritou muito e ficava ao redor deles pedindo para soltar EV”, disse. Deitada na cama com as luzes apagadas, a mãe deu a última declaração ao BT, “Eu disse: filho pare, essa é a sua última chance.”     

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times)

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