Publicado em 28/01/2009 as 12:00am
Imigrante com câncer de fígado morre em Rhode Island
Promotores de Rhode Island disseram, na segunda, 26, que não vão acionar criminalmente os envolvidos na morte por câncer de um detento, imigrante ilegal
Promotores de Rhode Island disseram, na segunda, 26, que não vão acionar
criminalmente os envolvidos na morte por câncer de um detento, imigrante
ilegal. Oficiais federais, entretanto, tinham conhecimento de que o homem teria
recebido maus tratos na prisão.
O promotor geral Patrick Lynch disse que a investigação da polícia do
estado focalizou-se primeiramente se Hiu Lui “Jason” Ng teve negado acesso a
serviços médios antes de sua morte, em Agosto de 2008. Ele sofria de um câncer
de fígado em estágio bem avançado. Patrick disse que Ng recebeu atenção médica,
mas algumas questões ficaram pendentes a respeito da qualidade do atendimento
recebido por ele.
“O fato de não acionarmos criminalmente, não deve ser mal interpretado
como um endosso oficial do tratamento recebido por Mr. Ng”, Lynch afirmou num
relatório. “Tanto quanto a dor física que ele sofreu, a erosão de sua dignidade
e, sem dúvida, a ansiedade sentida por sua família me tocam bastante”, ele
adicionou.
Ng era engenheiro de
computadores e cidadão chinês. Foi detido porque deixou o seu visto expirar
Ele faleceu aos 34
anos, algumas semanas depois de chegar ao Centro de Detenção Donald W. Wyatt,
em Central Falls, mas só foi diagnosticado com câncer do fígado pouco tempo
antes de sua morte. Um relatório do ICE, revelado no início desse mês, concluiu
que Ng recebeu maus tratos na prisão, que é terceirizada pela Imigração. No
documento, ficou claro que ele tinha sido empurrado pelos guardas através do
corredor da prisão, mesmo tendo em suas mãos uma autorização para ser
transportado de cadeira de rodas. O relatório concluiu também que os policiais
o acusaram de recusar tomar um medicamento, quando ele não tinha condições de
caminhar até à porta da cela para tomá-lo.
O ICE retirou todos os 153
imigrantes detidos naquele Centro no mês passado, como parte da investigação
sobre a morte de Ng. Também cancelou o contrato com aquela facilidade operacional,
que puniu sete funcionários – e até chegou a mandar alguns embora – acusados de
terem violado os procedimentos e regulamentos do local.
A investigação da polícia
estadual começou em Setembro de 2008, a pedido do promotor geral. O exame
minucioso da situação levantou a possibilidade de Ng ter tido o tratamento
médico negado antes de sua morte. Porém, não avaliou a qualidade do tratamento.
Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )