Publicado em 18/02/2009 as 12:00am
Imigração é a saída para a crise, afirma colunista do NY Times
O colunista do New York Times, Thomas Friedman, deu uma declaração polêmica, onde afirma que a solução para a crise pode se encontrar na imigração
Enquanto o mundo fica com seus olhos voltados para o pacote econômico que “pode livrar” o mundo da crise que abalou o mundo, o colunista do New York Times, Thomas Friedman, deu uma declaração polêmica. Ele afirmou que a única solução para o problema é “abrir os Estados Unidos ao máximo para os imigrantes”.
A afirmação não foi feita por uma pessoal qualquer. Trata-se de um dos mais badalados colunista do maior jornal do mundo e autor do best seller “O mundo é plano”. A declaração foi publicada em sua coluna, na edição de quarta-feira (11) que tinha como título “The Open-Door Bailout (em uma tradução livre para o português ficaria “O pacote das portas abertas”).
Ele ainda critica a aprovação, no início de fevereiro, pelo Senado, de uma medida que proíbe as instituições financeiras de receberem ajuda pública, contratarem estrangeiros para cargos graduados ou trabalhadores temporários. “Em tempos em que devemos atrair os maiores intelectuais do mundo é uma vantagem importante para a economia, os nosso legisladores barram essa ação. Isso chama-se estupidez”, fala.
Entre os exemplos citados, o colunista fala que, em conversa com empresários e intelectuais da Índia, ficou claro que “no caso da gigante da tecnologia Infosys, se os profissionais indianos forem proibidos de entrar nos EUA, isso significa uma vantagem para a Índia e prejuízo para este país”. Isso porque os indianos seriam obrigados a inovar em seu próprio país.
Para reforçar a sua tese, Thomas cita um recente estudo feito pelo pesquisador sênior da Harvard Law Scholl, Vicek Wadhwa, onde é mostrado que na última década, os imigrantes foram responsáveis pela fundação da metade das empresas do Vale do Silício (local onde concentra-se as maiores empresas tecnológias do mundo). “Em 2005, as companhias criadas por imigrantes geraram 450 mil empregos e tiveram um faturamento de 52 bilhões de dólares.
“Precisamos atacar a crise financeira com Green cards e não apenas com papel-moeda, com novas empresas e não apenas com pacotes de ajuda”, finaliza Friedman.
Fonte: (Revista Exame)