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Publicado em 27/02/2009 as 12:00am

Novo Cônsul Geral chega a Nova Iorque em Abril para assumir cargo

Com a saída do embaixador José Alfredo Graça Lima, no final do ano passado, os brasileiros vão contar agora com a presença do Ministro Frederico Arruda, que passa a ocupar o cargo de Cônsul geral adjunto

 

Por Gisele Ribeiro


Com a saída do embaixador José Alfredo Graça Lima, no final do ano passado, os brasileiros vão contar agora com a presença do Ministro Frederico Arruda, que passa a ocupar o cargo de Cônsul geral adjunto, encarregado do consulado em new York, até a chegada do novo Cônsul. Apesar de já ter sido nomeado, Osmar Chohfi precisa concluir suas atividades em Washington até o final de março.

O embaixador paulista Osmar Chohfi, descendente de sírios,  formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo logo antes de ingressar no Instituto Rio Branco em 1966. Com interesse em cinema, música clássica e popular, o novo cônsul tem planos de incrementar a participação do consulado na área cultural, com programações que integrem a comunidade, tendo o consulado como ponto de encontro. Entre esses projetos estão a reedição mensal do  “Cine Consulado”  e o projeto piloto “Brasileirinhos em Nova York,” voltado para despertar o interesse de crianças de 2 a 5 anos pela língua e cultura brasileira.

Há novidades destinadas a outros setores do Consulado Geral de Nova Iorque, que inclui os estados de Nova Iorque, Nova Jersey, Delaware, Pensilvânia e arquipélago das Bermudas. Connecticut ainda fica sob a mesma jurisdição até a finalização da instalação do Consulado Geral em Hartford.

A população estimada em 350 mil brasileiros, com pouco menos de 10.300 brasilieros com matrícula consular, vai poder contar com um esforço especial do Consulado no sentido de diminuição ainda maior dos prazos para expedição de documentos. “Espero poder oferecer, por exemplo, o novo modelo de passaporte brasileiro,” salienta Osmar Chohfi.

Outro projeto que está sendo analisado é o da elaboração de guias e manuais que orientem o brasileiro recém-chegado a poder usufruir dos serviços oferecidos nos EUA, tanto em termos de saúde quanto educação.

A nova gestão também planeja facilitar a obtenção de certificado de conclusão do ensino fundamental e médio para brasileiros residentes nos EUA. Através de parcerias com associações e escolas de português, o plano é criar, de forma pioneira no país, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA).

 

Brazilian Times: Como está sendo a transição para a sua posse como cônsul? O senhor poderia explicar para os nossos leitores quanto tempo essa transição vai levar, o que acontece nesse meio tempo e como a decisão de troca de embaixadores é tomada?

Osmar Chohfi: Devo assumir o Consulado-Geral do Brasil em Nova York em meados de abril. No momento, continuo desempenhando funções como chefe da Missão do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos, em Washington. Como Representante do Brasil, ocupo até 31 de março a Presidência do Conselho Permanente da OEA, que é o órgão político que reúne todos os países-membros para decidir sobre os principais temas da agenda da organização. Tem sido, portanto, uma etapa de transição bastante atarefada. Como se sabe, os cargos de chefia dos postos diplomáticos são da confiança do Senhor Presidente da República e as movimentações são determinadas pelo Ministro das Relações Exteriores.

 

Brazilian Times: O senhor poderia descrever um pouco suas atividades como Presidente do Conselho Permanente da OEA e há quanto tempo está em Washington?

Osmar Chohfi: Cheguei a Washington em maio de 2005, para chefiar a Missão. A OEA é a mais antiga organização política internacional das Américas. Seus objetivos principais são a paz na região, a solução pacífica de possíveis controvérsias entre países, a promoção e o fortalecimento das instituições democráticas e dos direitos humanos. Há também a área de desenvolvimento integral, que patrocina projetos em vários dos países da região. Durante minha estada, antes do Conselho Permanente, presidi também, no período agosto 2007/agosto 2008, a Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos.

 

Brazilian Times: O senhor poderia falar um pouco sobre os seus postos anteriores?

Osmar Chohfi: Antes de vir para Washington fui Embaixador do Brasil em Madri, no final de março de 2003 até maio de 2005. Foi essa uma experiência também muito interessante, em razão da importância das relações entre a Espanha e o Brasil em todos os campos. A Espanha é hoje, por exemplo, um dos países mais importantes de origem de investimentos diretos no Brasil. Meu primeiro posto no exterior foi a Embaixada do Brasil em Paris. Posteriormente, minha carreira levou-me a vários postos na América Latina, que é região prioritária para a nossa política externa: Bolívia, Argentina , Venezuela e Equador. Neste último país fui Embaixador durante quatro anos e meio, quando tive a oportunidade de participar do processo de negociações entre Equador e o Peru onde a atuação do Brasil foi muito importante (o Tratado de Paz foi assinado em Brasília, em outubro de 1998).

 

Brazilian Times: Existe algum assunto que tenha maior foco no momento em relação a comunidade brasileira em Nova Iorque?

Osmar Chohfi: Assegurar aos brasileiros não apenas de NY, mas de toda a nossa jurisdição, os meios necessários ao pleno exercício de sua cidadania constitui o principal foco da atuação do CG/NY. O Consulado-Geral trabalha, assim, para que todos os brasileiros tenham acesso rápido aos documentos que permitam o exercício de sua condição de cidadão, como um passaporte, o título eleitoral, o alistamento militar, certidões de nascimento e outros atos notariais. Um dos assuntos que vêm despertando o interesse da mídia – principalmente comunitária – é o possível êxodo de brasileiros. O aumento no volume dos serviços prestados pelo Consulado ao cidadão brasileiro ainda não comprova que exista tal êxodo. No último ano, por exemplo, houve considerável acréscimo na emissão de passaportes e certidões de nascimento.

 

Brazilian Times: Que tipo de iniciativas estão na sua pauta como novo Cônsul Geral em Nova Iorque?

Osmar Chohfi: Vou chefiar um Consulado-Geral que já se caracteriza por muitas e boas iniciativas de meus antecessores. Tenho estado em contato com meus futuros colaboradores no consulado e vamos analisar várias possibilidades, sempre no sentido de aprimorar a prestação dos serviços consulares e o atendimento ao cidadão brasileiro, que, como disse, constitui nossa prioridade. Nessa linha, algumas medidas internas estão na pauta para serem adotadas, como por exemplo: Unificar o correio, para aqueles que solicitam documentos de diversos setores, o que economizará custos para o interessado mas exigirá maior coordenação interna entre os setores; Remanejar algumas das atividades exercidas pelo setor de Assistência Consular, para que o foco esteja majoritariamente na assistência a brasileiros presos ou em situação de desvalimento; Continuar a qualificar os funcionários para estarem aptos a prestar todos os serviços consulares e também, aprimorar as rotinas de cada setor; Procurar melhorar o atendimento telefônico; Criar uma “ouvidoria” para receber as sugestões e críticas.         É preciso ouvir a comunidade e seus representantes; conhecer seus anseios e necessidades. E minha disposição para esse diálogo é a maior possível. Devo, no entanto, reconhecer que os recursos do Consulado-Geral, tanto materiais quanto humanos, são limitados e nossa comunidade, sempre crescente. 

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )

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