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Publicado em 2/03/2009 as 12:00am

Programa Conexão Brasil da rádio WSRO 650 AM é suspenso

O programa de rádio Conexão Brasil, veiculado na rádio WSRO 650 AM, foi suspenso do ar na quinta-feira (26) e poderá ter a programação encerrada na emissora

Por Elizabeth Simões

 

O programa de rádio Conexão Brasil, veiculado na rádio WSRO 650 AM, foi suspenso do ar na quinta-feira (26) e poderá ter a programação encerrada na emissora. A penalidade ocorreu depois de uma reclamação à diretoria, formalizada por um anunciante da rádio que teria escutado acusações contra seus serviços, e que foram feitas, ao vivo, pelos ouvintes do Conexão Brasil.

O show comandado pelo radialista Ilton Lisboa toda quarta e quinta-feira da semana, por quase dois anos, ganhou audiência trazendo convidados que abordaram temas sobre imigração, segurança pública, defesa do consumidor e assistência social. Entre os programas de maior repercussão, no ano passado, Bruce M. Foucart, chefe do Immigration and Customs Enforcement (ICE) e Paula Granier, relações públicas deste órgão, provocaram recorde de chamadas telefônicas numa coletiva aberta com os ouvintes da rádio.

Ilton Lisboa ainda detém a concessão do horário para voltar a produzir o show, mas informou que pretende interromper a programação, “Fui impedido de entrar no ar, fique triste com a atitude deles (refere-se a diretoria da rádio), ninguém falou comigo, apenas recebi um recado de um amigo dizendo que eu não poderia apresentar o programa na quinta-feira. Esse veto súbito foi um desrespeito com os meus convidados e ouvintes, além disso, não tive oportunidade de contar a minha versão antes de ser punido”, ele desabafou.

O radialista ainda justificou, “Pediram que eu mudasse a maneira de fazer o Conexão Brasil e eu não aceitei. O programa foi criado para dar voz ao povo e não vou mudar a forma de conduzir o show. Os convidados e eu temos que ter plena liberdade para falar. Estão tirando do povo esse privilégio, a comunidade perdeu um canal de denúncia, orientação e dialogo”, disse Lisboa.

Os gestores da rádio agendaram uma reunião para essa semana com Lisboa, tendo o intuito de propor um acordo que viabilizasse a continuidade do show. Porém, no sábado, por telefone, Lisboa confidenciou a sua decisão, “O Conexão Brasil é feito de opiniões e não poderá ser tolhido, ele terminará”, reforçou.

Sobre a denúncia que teria provocado o conflito, Lisboa esclareceu, “Um ouvinte me surpreendeu com a acusação de propaganda enganosa de uma clínica dentária, eu ouvi e sugeri falar com ele por celular após o término do show. Em seguida, todas as linhas começaram a tocar juntas e outros clientes insatisfeitos continuaram a protestar, não tinha como ignorar ou mudar de assunto, mas eu não difamei a imagem da empresa chamando de enganadora ou ladrona, nem mesmo incitei nenhuma campanha contra ela. Meu único objetivo era o de orientar as pessoas a como buscarem seus direitos”, disse Lisboa.

O proprietário da WSRO (AM), Alex Langer comentou o episódio, “A WSRO é uma rádio comunitária e está segmentada no campo religioso. Nós não somos um canal de apuração jornalística ou de teor investigativo, por isso as denúncias deixam uma atmosfera difícil de conduzir, pois requerem um tratamento adequado para recepcionar e tratar a informação com responsabilidade. Elas podem envolver nomes e a credibilidade de empresas privadas em denúncias anônimas que possam faltar fundamentos e veracidade.

A rádio também não pode assumir o papel dos órgãos de proteção ao consumidor encarregados dessa missão”, disse Langer.

Langer afirmou que tem interesse na continuidade do Conexão Brasil e que simpatiza com o trabalho executado por Lisboa. Ele acrescentou que espera obter uma conciliação na reunião marcada.

Na próxima quinta-feira (5), Lisboa havia convidado Mark Leonard, chefe de polícia da cidade de Marlboro-MA. A pauta iria abordar temas como violência, trânsito e tratamento aos indocumentados.

Enquanto Lisboa está prestes a oficializar a sua saída na rádio, ele antecipa a sua despedida aos ouvintes: “Não sou líder comunitário, não sou padre nem pastor. Não vendo nada para ninguém e não sou candidato à nada. Só queria colaborar com o acesso à cidadania dos brasileiros, mas o mérito desse trabalho nem foi meu - Ele foi dos especialistas e das autoridades que compareceram ao Conexão Brasil e ajudaram a orientar a todos”, concluiu Liboa.

 

Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )

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