Publicado em 2/03/2009 as 12:00am
Venda de 'business' termina em pesadelo para brasileira
A cabeleireira Elza Leuken de Plymouth ? MA, viu sua vida se tornar um inferno após vender salão de beleza. Acusada de ameaçar de morte o casal que comprou o estabelecimento, ela irá à júri popular
Por Marcelo Zicker
Um ano após vender salão de beleza, brasileira é indiciada por quebra de
contrato, agressão física e ameaça de morte. Os comerciantes Marlene R e seu
cônjuge americano, Charles G , entraram com um processo contra Elza Leuken, pleiteando uma multa contratual de $20.000 e
acusando a capixaba de agressão física e ameaça de morte. A cabelereira
porém, diz que está sendo vítima de
perseguição por parte dos compradores.
Do céu ao inferno
Aberto em 2002, o “Styllus Hair Salon” em Plymouth - MA, sempre se
manteve como um bem-sucedido negócio, com ampla clientela e alta
lucratividade. Em 2007, cansada da vida
‘na américa’, Elza resolve que era hora de partir. “ Eu estava exausta de
trabalhar 12 horas por dia, 7 dias por semana. Queria a todo custo voltar para
o Brasil e, por isso, decidi vender o salão” conta. Após anunciar numa
publicação local, um casal de
compradores logo se mostrou interessado no negócio. “ Eles logo chegaram
com uma proposta de contrato. Como eu não sabia bem inglês na época, meu filho
traduziu as cláusulas do contrato para mim. Na época, não encontramos nenhum
problema e decidimos fechar negócio” explica ela, deixando a entender que
faltou um olhar mais minucioso sobre o documento.
Um ano após a realização do negócio, Elza foi surpreendida com uma carta
do advogado do casal, na qual se afirmava que o contrato continha um erro
passível de multa contratual. Em uma das cláusulas, estaria exposto que a
proprietária cederia não só a empresa , como também sua licença profissional,
algo intransponível e que automaticamente caracterizaria como ilegítimo o
acordo. “ Ela afirma que essa cláusula invalida o contrato e está me
processando por isso. Na minha opinião, ela está desesperada porque não sou
administrar o negócio que já foi tão lucrativo e estável” opina Elza. Além
disso, Elza afirma que sofreu acusações de agressões físicas e ameaça de morte.
“ Eles foram à Côrte para me acusar. Agora vou ter que comparecer a uma
audiência por isso. O pior é que ela não tem nenhuma prova, não tem nenhum
ferimento, nada que legitime essa mentira. Eles está somente tentando ludibriar
a justiça para me prejudicar, e não entendo o porque de tanto ódio” desabafa.
Perseguição implacável
Semanas após se informada do incidente, Elza se deparou com novos
capítulos do verdadeiro pesadelo do qual passava. “ Um dia, retornando da
academia, fui recebida em minha própria casa por policiais que me abordaram com
muita hostilidade. Eles afirmavam que eu deveria depor de acusações sérias, que
incluiam ameaça de morte. Eu não acreditava que
tanta mentira estava sendo levada a sério dessa maneira. Foi muito
decepcionante ser perseguida de forma injusta dessa forma” afirma.
Esperança por justiça
Segundo Elza, a esperança por justiça é grande, mas a resposta só vai
ser dada diante do juiz, na próxima audiência, a ser realizada hoje, 2 de
março. “ Até hoje não entendi como todas acusações surgiram. Elas não tem
fundamento algum e acredito nao minha inocência diante do juiz. Mas nunca se
sabe como o jurí vai interpretar esse caso. O melhor a se fazer é ter fé”
acredita a capixaba. Assim que conseguir provar sua inocência, Elza diz que vai
voltar à terra natal. “ Não vejo a hora do pesadelo acabar. Quero voltar para o
Brasil, que é o meu lugar” confidencia.
Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )