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Publicado em 26/03/2009 as 12:00am

Homossexual brasileiro recebe asilo humanitário nos EUA

Após provar que corria risco de vida no Brasil, após constantes casos de repressão contra a sua homossexualidade, o brasileiro Renato de Souza recebe ganho de causa em ação que pedia seu asilo para os EUA

Por Marcelo Zicker


Em mais um caso envolvendo o asilo de gays brasileiros pelos EUA, essa semana a justiça deu ganho de causa para o jovem Renato de Souza, de apenas 19 anos. Se dizendo vítima de diversos episódios de repressão na sua terra natal, ele afirmou que temia pela sua vida residindo no país e entrou com o pedido de asilo.

 

Dura trajetória

 

Vivendo nos EUA ilegalmente desde os seus 14 anos, Renato chegou ao país acompanhado da sua mãe e , apesar da pouca idade, já acumulava alguns casos de discriminação pela sua ‘reconhecível’ homossexualidade.

 

Inicialmente ordenado a voltar ao Brasil, o jovem contou com o suporte do advogado Jeff Ross, que conduziu o caso de maneira a configurar a situação de Renato como de risco de vida para uma eventual volta ao país de origem. A dificuldade de expressar sua sexualidade publicamente e seu histórico de agressões  sofridas no tempo residindo no país, foram determinantes para o sucesso da ação, segundo o advogado. “ Durante a sua adolescência no país, ele foi diversas vezes vítima de agressões físicas e verbais no momento que as pessoas identificavam a sua homossexualidade. Sua forte personalidade e o suporte de sua mãe, ajudaram-no a passar por essas barreiras, mas não são suficientes para livrá-lo do risco em residir em um país com pouca tolerância aos homossexuais” afirma Ross. Ele ainda completa que admira muito a coragem do jovem em tentar arriscar um recomeço em outro país. “ Ele é uma pessoa que provou ser capaz de lidar com situações de tremenda adversidade, e ter controle emocional sobre elas. É  um rapaz admirável” segue o advogado.

 

Agressões até de familiares

 

Quando garoto no Brasil, Renato era regularmente agredido por seus primos, tendo até sido ‘avisado’ pelo seu pai, que o Brasil não era  lugar para ‘pessoas como ele’. Além disso, o pai forçou a mãe de Renato levá-lo no psicólogo, na tentativa de tentar ‘consertar’ o garoto, na tentativa de livrar o filho de sua homossexualidade. Acreditando que seu filho nunca seria aceito da maneira como era no Brasil, a mãe de Renato decidiu migrar para os EUA, para tentar mudar a vida do filho para melhor. Com o asilo assegurado, agora ele terá a oportunidade de recomeçar a vida alheio à discriminação constante de seus tempos de infância e adolescência.  

 


Fonte: (ANBT - Agência de Notícias Brazilian Times )

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