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Publicado em 9/04/2009 as 12:00am

Brasileiros são destaque nos times de futebol de Massachusetts

Há dois anos, Rafael aproveitou que a mãe e o irmão Rubens, ou Rubinho como é mais conhecido, já moravam nos Estados Unidos e resolveu fazer "try out" em times de futebol locais

Há dois anos, Rafael aproveitou que a mãe e o irmão Rubens, ou Rubinho como é mais conhecido, já moravam nos Estados Unidos e resolveu fazer “try out” em times de futebol locais. “Eu mandei um email para o dono do clube e ele me falou que eles tinham dois treinos escalados. Fui muito bem nos dois dias e no terceiro dia ele me deu o contrato para eu assinar,” conta Rafael, profissional de futebol de salão no Brasil, que hoje joga no time Twisters em West Springfield, Massachusetts.

Morador de Astoria, Queens, Rafael, de 27 anos, dirige durante duas horas até chegar no local de trabalho. Rubinho também divide o tempo entre Newark, onde mora, e Massachusetts. Além de treinar e jogar pelo time de futebol “indoor,” os irmãos também são instrutores durante os intervalos de campeonatos. A escolinha para crianças, que é associada ao clube Twisters, pode chegar a ter cerca de 200 crianças. “As aulas são de segunda a sexta-feira e cada turma tem de 25 a 30 alunos. O Summer Camp fica lotado nas férias,” diz Rafael, que já jogou no Bom Pastor, em Minas Gerais, e no Esporte Clube de Juiz de Fora.

O primeiro contrato com um time como o Twisters, que está participando pela primeira vez da liga NISL (National Indoor Soccer League), pode girar em torno de $2,000 de salário por mês e, geralmente, inclui outras despesas, como acomodação. Para ajudar no orçamento, os jogadores faturam como instrutores. Rubinho conta que em um amigo, também jogador, não quer mudar de time porque ganha bem na escolinha. O trabalho com as crianças pode render de US$80 a US$100 por hora. Depois do terceiro contrato como jogador, o salário começa a subir e alguns jogadores recebem por volta de US$70,000 num contrato de seis meses.

O futebol “indoor” é uma modalidade do futebol de salão que é jogada no campo de Hockey. As paredes de acrílico impedem que a bola saia de campo. “A gente usa as paredes para fazer alguns truques com a bola,” explica Rafael. Essa característica contribui para fazer com que o jogo seja mais ágil. As chamadas “laterais,” que dão a posse de bola para o outro time, só acontecem quando as bolas são “altas,” passando acima das paredes.

“Eles cobram uma taxa de US$50 para fazer um teste, mas eu não precisei pagar por ser brasileiro,” afirma Rubinho. Com 30 anos, Rubinho já jogou em várias cidades americanas como Chicago, Baltimore, Philadelphia, entre outras. No Brasil, passou pelo Vasco, Guarani, Atletic de Barbacena, Bom Pastor de Minas Gerais e Esporte Clube de Juiz de Fora. Em 2001, Rubinho foi contratado pelo Metro Stars, atual Red bulls, de Nova York sob a supervisão do técnico Octavio Zambrano. E foi lá que foi visto por um empresário que o levou para jogar no Peru, pelo Coronel Bolonense, em 2003. “Foi o pai do Cláudio Pizzarro que me contratou.”

Por causa da fama de “bom de bola,” os atletas brasileiros são mais cobrados por um desempenho acima da média. Os testes incluem uma bateria completa de exercícios de velocidade, explosão e condução de bola, divididos em dois dias. Dependendo do jogador, os clubes até se responsabilizam em pagar pelo visto e legalização de documentação, assumindo custos que giram em torno de US$2,000. Cada time pode ter até 6 jogadores estrangeiros com visto de trabalho. “Mas para se conseguir um contrato melhor, a melhor forma é já estar legalizado,” avisa Rubinho.

 

Fonte: (ABTN - Agência Brazilian Times de Notícias)

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