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Publicado em 4/05/2009 as 12:00am

Derrame cerebral leva o conhecido Jack Bolla na Flórida

Ele faleceu no Jackson Memorial Hospital, da Flórida

 

A comunidade brasileira perdeu Jack Bolla. Ele faleceu no dia 25 de abril e como havia controvérsias a respeito de seu sobrenome, ficou sem reconhecimento no hospital por alguns dias, até que amigos mais chegados se mobilizaram e tomaram conta do assunto. 

Jack do Nascimento, mais conhecido como “Jack Bolla”, promovia eventos para os imigrantes brasileiros nos Estados Unidos. Ele nasceu em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro e tornou-se popular em meados da década de 80, quando promovia eventos em vários clubes. Em New Jersey e no sul da Flórida, principalmente em Miami e Pompano Beach, ele apresentou inúmeros artistas aos clubes noturnos.

Bolla criou o bordão “Quero ver você brilhar!”, que tornou-se popular entre os brasileiros que freqüentavam seus shows e passou a ser sua marca registrada.

Jack criou concursos de beleza, gincanas, organizava times de futebol (masculino e feminino), muitas festas e trouxe artistas brasileiros famosos aos Estados Unidos, entre eles, a dupla Chitãozinho e Xororó. Seu trabalho abriu caminho para outros promotores de eventos na comunidade.

Ele estava morando em Miami. Segundo o “site” do jornal Brazilian Voice, de New Jersey, sua amiga Dalvete do Cabo informou que recentemente ele apresentava sérios problemas de saúde e financeiros e vivia em um hotel em Miami (FL). A quantidade de eventos culturais diminuiu dramaticamente, prejudicando diretamente o setor.

Jack teria sido encontrado inconsciente no quarto do hotel, após a amiga Fátima Cavalcanti não receber ligações suas, explicou Dalvinha. Preocupada, Fátima pediu à administração do hotel para ir ao quarto de Jack e verificar se tudo estava bem. A camareira encontrou o brasileiro desacordado no chão e, então, ligou para o Serviço de Emergência (911). Após ficar internado cerca de 1 semana no Jackson Memorial Hospital, em Miami, ele sofreu morte cerebral na madrugada do último 25 de abril, em decorrência de um derrame (AVC).

 

Jack lançou o bordão “Quero ver você brilhar!”

 

Esta foi a segunda vez que o promotor ficou inconsciente em seu apartamento. No primeiro incidente, tinha sido descoberto em circunstâncias similares pela amiga, que conhecia há cerca de 10 anos. Fátima e Jack nutriam uma grande amizade e costumavam conversar ao telefone várias vezes ao dia. Durante os momentos finais, ela sempre esteve ao seu lado, inclusive, durante a internação no hospital. Ambos planejavam passar uns dias juntos no Brasil em abril desse ano. “A situação dele começou a complicar-se, inclusive ele também teve trombose nas pernas, por isso, não sei se ele tinha condições de viajar para o Brasil porque, geralmente, quem tem problemas de coágulo não pode viajar”, disse ela.

A morte de Bolla abalou Fátima. “Estou muito triste com tudo isso, porque para mim ele era como um irmão; uma pessoa que sabia da minha vida como um livro aberto; assim como eu sabia da dele. Ele era um confidente muito amigo. Ele era uma pessoa super alegre, bem vestido, cheio de vida e nunca pensou em morrer tão cedo. Ele pensava em ir ao Brasil e desfrutar; estava pensando em abrir uma fundação no Brasil. Uma vez ele me disse: Fátima, se eu ganhar na loteria eu abrirei no Brasil o Lar Crianças de Iemanjá”, comentou ela. “Todos estão tristes, muito chocados, ninguém acredita que ele morreu. Os meus amigos me dizem: Fátima, não acredito que o Jack Bolla morreu, porque ele era uma pessoa muito alegre. Parece que o estou vendo aqui ao lado da gente. Ele era uma pessoa muito alegre e, apesar dos problemas, ele tinha muita vontade de viver. Ele dizia: Fátima, eu amo a minha família, porque as pessoas quando chegam aqui com o tempo esquecem de suas famílias”.

Odimar Souto, membro da Banda Brazilian Energy, comentou a seu respeito: “Nunca conheci uma pessoa tão desinibida e resolvida, naquela época, nunca ví uma pessoa tão extrovertida. Por vários anos, ele animou a vida noturna aqui de Newark (NJ). O ponto de encontro na época era o Scorpio’s, em Elizabeth (NJ) e região, e ele tinha um programa de calouros, o qual a gente participava, e era impossível ele dar uma nota baixa. Para ele todo mundo receberia nota dez. Ele tinha uma expressão muito popular: Quero ver você brilhar. Tinha uma voz muito boa, uma dicção muito boa, apesar de alguns tropeços na língua, misturava inglês com português e todo mundo entendia ele. A gente encontrava o Jack Bolla nas ruas, suado, correndo atrás de patrocinadores, com dólar embaixo do braço, camisetas, caminhão, enfim, era um cara batalhador e gostava do que fazia. Ele não tinha problemas com ninguém, era bastante popular; era a figura popular da época aqui em Newark”.

No próximo 22 de maio, Fátima levará as cinzas de Jack do Nascimento ao Rio de Janeiro, onde elas serão entregues à família do promotor. Ele desejava ser enterrado junto à sepultura da mãe. Os pais de Jack já são falecidos e ele deixou 4 filhos no Brasil.

Fonte: (Brazilian Voice)

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