Boicote ao Censo é discutido em Rádio de Framingham - MA

Por Marcelo Zicker

 

Tendo como tema a polêmica envolvendo o apoio a um possível boicote ao Censo 2010, na quinta feira ( 27), o programa do Maestro Vando na rádio WRSO AM650 de Framingham –MA, teve como convidado principal o presidente do ‘board’ do Centro do Imigrante Brasileiro – CIB, Eduardo Siqueira.

 

Esclarecendo o posicionamento da instituição acerca das declarações do seu diretor-executivo, Fausto da Rocha, que afirmou que os brasileiros devem boicotar e não participar do Censo, Eduardo frisou que o CIB é a favor da participação de todos os imigrantes brasileiros no programa. “  As pessoas que apoiam o boicote não estão levando em consideração que o fato de não participar do programa pode render prejuízos à credibilidade do imigrante junto à sociedade americana, pois se esse mesmo imigrante não quer aparecer, é porque ele tem algo de errado a esconder, alguma coisa que ele cometeu de errada. O americano tradicional pode interpretar dessa maneira” opinou Eduardo, durante o programa.  “ Quem reprime não é o Census e sim a Polícia de Imigração, o brasileiro não tem do que temer. É fundamental que o imigrante apareça como ele realmente é” reinterou.

 

Mediado com parcialidade pelo Maestro Vando, o programa recebeu diversas ligações com as opiniões de ouvintes, onde foi feita uma breve pesquisa com relação à opinião de alguns brasileiros acerca da polêmica. O resultado final ficou em 17 pessoas que acreditam na importância de se participar do Censo e 14 que apoiam o boicote ao programa. Apesar da vantagem estar sobre as pessoas que incentivam a participação no Censo, o medo ainda é uma barreira para o imigrante indocumentado assumir mais esse compromisso de cidadania. “ Mesmo após uma pessoa embasada e intelectualmente respeitada como é o Eduardo Siqueira, explicar que não há motivo algum no boicotar o Censo, muitas dos brasileiros que opinaram ainda demonstraram não confiar na confidencialidade do orgão que realiza a pesquisa. Está na hora do brasileiro se conscientizar que a participação dele é imprescindível para ele se assumir como parte dessa sociedade” afirma o jornalista Eduardo de Oliveira , que também estava presente.