Publicado em 6/09/2009 as 12:00am
Brasileira é acusada de matar filha de dois anos na Itália
A brasileira Simone Moreira, de 23 anos, foi presa no sábado na cidade de Oderzo, perto de Treviso, no norte da Itália, acusada de ter matado a filha, Giuliana, de dois anos de idade
A brasileira Simone
Moreira, de 23 anos, foi presa no sábado na cidade de Oderzo, perto de Treviso,
no norte da Itália, acusada de ter matado a filha, Giuliana, de dois anos de
idade.
Giuliana morreu na
quinta-feira, supostamente após ter caído em um rio, no que parecia
inicialmente ter sido uma tragédia causada pela distração da mãe, conforme
declarou o procurador da república de Treviso Antonio Fojadelli aos jornais
italianos.
Mas, depois, de acordo
com o procurador, teria ficado evidente que houve crime. “Decidimos prender
Simone Moreira porque houve contradição em seu depoimento com relação ao tempo
e à dinâmica do ocorrido”, declarou o Fojadelli ao jornal Corriere della Sera.
De acordo com a primeira reconstrução dos fatos, baseada nas declarações de Simone à polícia, ela teria se distraído e a menina teria passado pelas grades que costeiam o rio, caindo na água.
Guarda
compartilhada
Simone tinha ido buscar Giuliana na casa do
ex-marido, Michele Favaro, pai da menina. O tribunal de Veneza havia estabelecido a guarda compartilhada de
Giuliana, que morava com o pai, gerente do restaurante “O sabor do Brasil” na
cidadezinha de Vigonovo di Salgareda, em Treviso.
Conforme o relato da
brasileira, no caminho, ela decidiu parar para tomar um sorvete com a filha. Ao
ir apanhar os sapatos da menina no carro, teria se distraído um instante e
quando voltou não encontrou mais a menina.
Os bombeiros
encontraram Giuliana no rio, ainda viva. Levada ao hospital, a menina morreu
depois de 24 horas devido à hipotermia que teria sido provocada pela
permanência na água por cerca de uma hora.
Contradições
Fojadelli afirmou que
dificilmente Giuliana teria caído no rio sozinha devido às barreiras que
costeiam o rio.
“A menina não poderia
ter passado pelo espaço de 13 centímetros que separa uma grade da outra. É
impossível também que ela tenha pulado um declive e se tivesse passado por ali
teríamos encontrado machucados em seu corpo que, no entanto, estava íntegro”, declarou
o procurador Fojadelli aos jornais italianos.
Segundo a advogada de
Simone, os elementos da procuradoria não são suficientes para mantê-la na
prisão.
“A senhora Moreira
forneceu uma versão coerente dos fatos e não me parece que os elementos em
poder da procuradoria sejam suficientes para sustentar uma acusação tão grave”,
disse a advogada Alvise Tommaseo Ponzetta ao Corriere della Sera.
Segundo o procurador
Fojadelli, contudo, Simone teria uma personalidade “perturbada”, sofreria de
depressão e no passado teria tentado o suicídio.
O enterro de Giuliana
será na semana que vem, após a autópsia. O prefeito da
cidade de Salgareda, onde ela morava com o pai, decretou luto
Fonte: (G1)