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Publicado em 14/09/2009 as 12:00am

Mineira tem 50 caixas retidas pela Express Moving

Enviadas há 7 meses, a mineira Niusa Pereira ilustra o drama de dezenas de outros brasileiros que estão sendo lesados pela empresa de mudanças Express Moving International

Por Marcelo Zicker

 

 

Noites sem dormir, um misto de desespero e falta de esperança, e a certeza que uma vida inteira se foi dentro de caixas. Esses são os sentimentos vividos pela housecleaner Niuza Pereira da Silva, que no dia 21 de fevereiro desse ano, enviou 50 caixas pela Express Moving International, e como outras dezenas de brasileiros, tem seus pertences retidos pela empresa e pelos portos brasileiros.

 

As caixas, que totalizaram 78 itens entre móveis e objetos pessoais, foram enviados pela mineira de Itambacuri há 7 meses com o intuito de ser o primeiro passo para a mudança definitiva para o Brasil, que ocorreria no próprio mês. Com a descoberta da gravidez, Niusa mudou de planos. “ A minha intenção era enviar e esperar as caixas no Brasil. Com a gravidez resolvi ficar até o meu filho nascer e receber a notícia de que minhas coisas teriam chegado no Brasil. Mas até agora nada” confidencia. Em sua segunda remessa pela empresa Express Moving International, a mineira que reside em Easton – MA,  não esperava ser vítima de mais um incidente envolvendo empresas de mudanças em Massachusetts. “ Ano passado enviei algumas caixas pela empresa, e chegaram perfeitamente. Achei que não enfrentaria problemas dessa vez. Pelo visto, me enganei feio. Não consigo nem dormir mais” desabafa Niusa.

 

Sem respostas

 

Na época de sua primeira, e bem sucedida, remessa de caixas pela empresa, Niusa ainda residia em New Jersey. A vinda para Massachusetts não se configurava como um problema para ela. “ Eu me mudei para cá e o vendedor da primeira remessa, se comprometeu em me atender nessa remessa de 50 caixas. Eu confiei nele. Após algum tempo fiquei sabendo que ele foi mandado embora e fiquei sem recorrer para saber sobre meus pertences” afirma. “ Eu tentei outros contatos, mas todos não respondiam, ou a pessoa tinha se desvinculado da empresa. Estava perdida. Agora ninguém mais atende na empresa, não tem sede, não tem contato algum” completa, com tom desesperador.

 

Toda a mercadoria, que custou à mineira $10.050, continua sem notícias. “ Não sei nem mesmo se está retido em algum depósito no país ou nos portos brasileiros. Nem isso eu tenho notícia. Queria ao menos saber onde estão as minhas coisas” clama Niusa, que diz que a empresa lhe prometeu um prazo máximo de 90 dias. À quem vai apelar, a mineira não sabe, mas afirma que não vai desistir. “ Já conheci outras pessoas que foram prejudicadas pela Express Moving International, e estou pensando em acioná-los na justiça em uma causa coletiva. Se não for assim, quem vou procurar ? Não tenho outro caminho” lamenta Niusa, ilustrando mais um triste caso envolvendo fraude no envio de caixas para o Brasil.

 

 

Escândalo com empresa já virou até caso de polícia

 

Frustados com o atraso no envio das caixas para o Brasil , no dia 21 agosto desse ano,    consumidores da empresa Express Moving International na Flórida, foram à polícia de Broward, após comprovarem que o escritório da companhia, em Copans Road – Pompano Beach, estava desativado e que não houve notificação formal aos clientes do novo endereço.

Após o pedido de concordata da concorrente Adonai Moving, a Express Moving International se prontificou a enviar as caixas pendentes que ainda se encontravam nos portos brasileiros e no depósito da empresa. Solicitando uma nova taxa para o envio das caixas pendentes, a companhia se comprometeu a enviá-las.

O proprietário da empresa Express Moving International, Moacir Santana Júnior, proprietário da empresa, disse ao jornal Gazeta News na época do ocorrido,  que ‘ apenas poucos os clientes da antiga Adonai que pagaram à Express para liberação de suas caixas e que ainda não tiveram os volumes entregues no destino final’ . Moacir ainda afirmou que , desde Maio, nove contêineres já foram liberados e quase todos que pagaram, já receberam suas caixas. “O dinheiro que foi pago, a grande maioria era desses nove conteineres. Não há quase nenhum que tenha pago e não retirado sua carga”, afirmou o presidente da Express Moving International.

Fonte: (ABTN - Agência Brazilian Times de Notícias)

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