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Publicado em 9/11/2009 as 12:00am

MAPS lança campanha a favor do Census 2010

Desde que explodiu a noticia de que o CENSUS 2010 está prestes a acontecer, a comunidade brasileira ficou alvoroçada

Perguntas, dúvidas e, principalmente, medo, passaram a fazer parte da vida de grande parte da comunidade. Um dos motivos mais simples é o medo das informações vazarem e chegar ao conhecimento do departamento de imigração.

Mas este é um medo que não deveria existir, porque o governo deste dos Estados Unidos tem acesso a muitos outros documentos que mostram onde encontrar um imigrante indocumentado.

O objetivo do “Census 2010” não é saber se o entrevistado é ou não imigrante indocumentado e sim a quantidade de pessoas que existem nas determinadas regiões. Não é interesse desta pesquisa, saber como a pessoa chagou à este país, se usa “carteira de pão” para dirigir ou se está devendo algo para o governo.

A contagem do “census” é uma exigência da Constituição de um país e garante a distribuição justa de recursos federais para os estados e municípios. Nos Estados Unidos, o “census” acontece a cada 10 anos.

Na manhã de quinta-feira (05), aconteceu uma reunião na State House, promovida pela Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers-MAPS. O objetivo levantar uma campanha que fomente a participação da comunidade de língua portuguesa na pesquisa.

Diversas lideranças políticas, religiosas e comunitárias participaram deste evento, além de representantes da imprensa local.

Segundo o secretário de estado, Willian F. Galvin, “O CENSUS é realmente a verdadeira contagem de pessoas feita nos últimos 10 anos. É preciso que isso aconteça para que a comunidade seja beneficiada com o envio de verbas por parte do governo federal. Este dinheiro é destinado a custear despesas de saúde pública, transporte, escolas, etc”.

Para Wiilian, é primordial saber a quantidade populacional de Massachusetts, “independente do status migratório”

Para a Heloisa Galvão, presidente e Co-fundadora do Grupo Mulher Brasileira-GMB, também esteve na reunião e entre as suas declarações ela disse que “eu, como mulher, imigrante, ativista e mãe de dois filhos, preciso de comida na minha mesa, meus filhos precisam de médico e escola. Peço a todos os brasileiros que respondam ao Census. Vamos participar e ser contados."

A diretora Regional do Centro do CENSO, Kathleen Ludgate, relatou que as pessoas começaram a se envolver muito cedo. É necessário que a comunidade confie nas informações que passamos e “espero que os resultados desta reunião possam surtir efeitos positivos”.

Ela explica que o Census é um processo seguro e confidencial e que em parte alguma do questionário existe questão sobre o status imigratório do entrevistado. “Garanto que ninguém será deportado por responder à pesquisa”, fala acrescentando que “existem uma lei feredal que protege as informações do Census, Ninguém pode ter acesso a elas”.

Indo mais além em sua explicação, a diretora explica que o sigilo das informações é uma exigência do próprio americano, que não quer suas informações divulgadas.  “Quem violar esta lei de privacidade responderá em juízo com pena que pode chegar a 5 anos de prisão com fianças de até $250 mil”, complementa.

Também preocupado com o andamento do Census, o Padre José Eduardo Marques, Coordenador do Apostolado Braisleiro da Arquidiocese de Boston, disse que a igreja apóia a verdade e tudo que é favorável ao seu povo. Primeiramente quero lembrar que o census não é um processo que está acontecendo somente aqui nos Estados Unidos, e sim no mundo todo. “O census é bíblico”.

Também entre as lideranças religiosas, estava o pastor Marcos Augusto Nogueira, da Comunidade Internacional de Boston, que falou sobre a importância da união e que atender ao Census é fortalecer a comunidade.

O deputado estadual, Timothy J. Toomey, durante seu discurso, afirmou que “essa é uma excelente oportunidade de lutar por melhorias no país. Cito como exemplo, a eleição para prefeito e vereadores, que aconteceu na terça-feira (03), onde foi constatado que o público da terceira idade está mais ativo nas decisões políticas. O numero de votantes desta faixa-etária subiu e isso, podemos confirmar com o plebiscito. O mesmo acontecerá com o census, poderemos saber quais as etnias presentes aqui no estado. Esse é um evento extraordinário e estou orgulhoso em fazer parte dele".

Antonio Cabral, também deputado estadual alegou que "dinheiro segue os números e os representantes políticos seguem os números. Depois da apuração do census, os mapas de cada cidade vão ser re-desenhados. Nada vem de graça para nós, é preciso se organizar, é preciso lutar para conseguir o que se deseja. O que for preciso eu estarei aqui para ajudar".

Fonte: (Da redação)

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