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Publicado em 12/01/2010 as 12:00am

Construtora : 'É impossível o Brasil ter bolha imobiliária'

O segredo para ser a empresa mais lucrativa do setor de construção de edifícios residenciais na América Latina e nos Estados Unidos, o diretor nacional de vendas no Brasil, Gilson Hochman, não conta

 

Por Eduardo de Oliveira


O segredo para ser a empresa mais lucrativa do setor de construção de edifícios residenciais na América Latina e nos Estados Unidos, o diretor nacional de vendas no Brasil, Gilson Hochman, não conta.

Mas Hochman garante que todo empreendimento da Cyrella Brazil Realty, que já está no mercado imobiliário há mais de 50 anos, é tratado como “filho único.”

A Cyrela faturou US$ 148,5 milhões entre julho e setembro de 2009, segundo levantamento da Economatica, que avaliou as empresas de capital aberto. A empresa brasileira tem valor de mercado avaliado, até agosto passado, em US$ 4,898 bilhões.

Hochmam tranquiliza o cliente imigrante que está nos EUA, dizendo que a crise imobiliária causada pela negociação dos financiamentos do tipo “sub-prime” nunca vai afetar o Brasil. “Se alguém não investe no mercado imobiliário do Brasil por medo de bolha imobiliária ele está mal informado,” disse Hochman, que tem 20 anos de experiência em vendas, 11 deles só na Cyrela.

Hoje a Cyrela tem mais de 7.500 colaboradores espalhados por todo o Brasil, mas

Hochman diz que a empresa “só acordou agora” para a clientela brasileira nos EUA e

Europa. Para oferecer empreendimentos ao mercado nos EUA, a Cyrela fechou uma parceria com a SBVenue, imobiliária com sedes em Massachusetts e Nova York, que tem a expectativa de crescer mais de 30% em 2010.

Hochman conta também como a simplificação do crédito no Brasil tem aquecido o mercado imobiliário, trazendo vantagens sólidas para quem quer investir no país.

 

BRAZILIAN TIMES - Como o mercado imobiliário brasileiro tem recebido as notícias do Brasil como sede da Copa em 2014 e das Olimpíadas de 2016?

Gilson Hochman  - Eventos como esses trazem muitos benefícios para o mercado imobiliário. Estamos sentindo uma procura maior por imóveis nas cidades sedes, pessoas querendo saber sobre terrenos e empreendimentos. Acho que daqui até a 2011 a tendência é a demanda só crescer. Isso é bom porque para o investidor, o mercado andava carente de opções. Mas o Brasil passou a ser uma excelente opção com a queda de juros. Fora isso, esses eventos vão trazer um desenvolvimento estrutural muito grande, ou seja, vamos crescer muito nesses anos que antecedem esses eventos.

 

BRAZILIAN TIMES - Qual é o maior argumento para convencer aquele brasileiro que ainda tem dúvida sobre investir no Brasil que esse é o melhor momento?

Gilson Hochman  - Não existe um argumento bombástico. É uma soma de argumentos significativos. O primeiro é a solidez da economia brasileira. O Brasil provou com a crise, que o planejamento desenvolvido desde a estabilização da moeda em 2004 funcionou muito bem. Por aqui a crise não foi uma ‘marolinha’ mas também não foi o Tsunami que afetou alguns que países da Europa. Em segundo lugar, no mercado imobiliário os preços estavam e estão muito defasados. A possibilidade de valorização do bem no Brasil é significativa. Nos EUA onde a desvalorização continua, a diferença é clara. No Brasil, não é porque a pessoa ainda não comprou o imóvel que ela perdeu o trem (do progresso), o trem ainda está passando e ainda dá para pular dentro. Em algum momento chegaremos no limite, os preços não sobem indefinidamente. E nós somos latinos, então o bem de raiz continua sendo muito importante na nossa cultura. Quero deixar para os meus filhos bens palpáveis, que podem ser vistos e usados.

 

BRAZILIAN TIMES - Como o maior acesso ao crédito tem afetado o mercado imobiliário?

Gilson Hochman - O crédito é o motor do mercado imobiliário. Nos últimos cinco anos, principalmente com o programa do governo ‘Minha Casa, Minha Vida,’ e com a participação da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, o crédito ficou mais simplificado. No entanto, comparando com outros países, o crédito ainda é pequeno. O Brasil tem em crédito imobiliário apenas 2% do PIB, alguns países da Europa têm 80% e nos EUA chega perto de 60%. O Chile tem 14%, o México tem 8%. Estamos longe ainda, mas estamos chegando lá. Mas não tivemos problemas nem para financiar a compra do imóvel nem para financiar a obra.

 

BRAZILIAN TIMES - Será que a bolha imobiliária que estourou nos EUA teria como afetar o mercado no Brasil?

Gilson Hochman - Nos EUA houve dois problemas. Primeiro a bolha imobiliária, que criou uma valorização irreal do imóvel. Bancos faziam financiamento em cima do mesmo imóvel.  Você estava em casa e alguém ligava: ‘você quer um crédito imobiliário na sua casa, a juros baixos?’ Você aceitava e ia embora. Isso aqui não existe. O crédito é um percentual do PIB, o banco está interessado em dar crédito a clientes novos, e não a quem já teve crédito. O segundo ponto é o crédito ‘sub-prime,’ que é o papel que não é bom negociado como papel bom. Esse mercado inexiste aqui no Brasil. Então a possibilidade da bolha imobiliária inexiste, e do sub-prime é impossível. Se alguém não investe no mercado imobiliário do Brasil por medo de bolha imobiliária ele está mal informado.

 

BRAZILIAN TIMES - Conte um pouco sobre o projeto de alfabetização dos homens da construção?

Gilson Hochman - É muito bonito ver a vontade do trabalhador, pessoas que chegam no local das obras analfabetas e saem alfabetizadas. A gente proporciona o aprendizado, e eles não dão uma emoção muito grande. Depois do expediente temos professores de 1ª a 4ª série, e de 5ª a 8ª série, e os alunos recebem diploma do MEC. Os caras tomam banho, vestem a roupa, limpam os refeitórios e tratam os professores como pessoas sagradas. Um dos formandos me disse: ‘eu pegava ônibus pela cor, e muitas vezes me perdia, e tinha que pagar de nove. Hoje eu consigo ler a linha do ônibus.’ Então, para gente algo que poderia ser banal, muitas pessoas viviam praticamente como cegos.

 

BRAZILIAN TIMES - Como foi desenvolvida a parceria com a SBVEnue?

Gilson Hochman - Essa parceria surgiu do interesse da SBVenue, e do nosso interesse de entrar nesse mercado, porque agora acordamos para uma nova realidade. Essa parceria só tende a crescer. Temos imóveis no Brasil inteiro disponíveis para a SBVenue colocar no mercado, e acreditamos que vai dar muito resultado.

 

BRAZILIAN TIMES - Você acha que os americanos vão começar a comprar imóveis no Brasil em breve?

Gilson Hochman - Acho que o americano só vai comprar no Brasil quando pudermos oferecer empreendimentos atraentes para investidores. Por exemplo, a gente vendeu um empreendimento comercial de altíssimo padrão, que são andares alugados para grandes corporações, através de fundos imobiliários, ou seja, você vende uma cota desse andar. A medida em que o empreendimento é alugado, você também ganha um percentual. Se a gente começar a estimular isso, você vai ter mais americanos investindo aqui. Para o americano comprar imóvel mesmo, precisamos mudar a idéia que eles têm de que no Brasil tem jacarés andando pelas ruas.

 

Para mais informações, ligue para 617 440 7380, ou visite www.sbvenue.com

 

Fonte: (Da redação)

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