Publicado em 7/04/2010 as 12:00am
Massachusetts tem a primeira mulher candidata
A jornalista e apresentador Shirley Farber lançou sua pré-candidatura a Representante da Comunidade Brasileira nos Estados Unidos, tornando-se a primeira mulher a entrar na briga.
Por Claudia Carmo
A
jornalista e apresentador Shirley Farber lançou sua pré-candidatura a
Representante da Comunidade Brasileira nos Estados Unidos, tornando-se a
primeira mulher a entrar na briga. Ela, que tem reduto eleitoral em
Massachusetts, pretende ganhar votos em todas as regiões onde vivem
brasileiros.
Ela é responsável
pela Revista Bate-Papo Magazine e também pelo programa Bate Papo com Shirley.
Reside nos EUA há 7 anos e sempre trabalhou com as comunidades brasileira e norte-americana.
Durante uma entrevista para a reportagem do jornal Brazilian Times, a jornalista
disse entre as suas propostas de trabalho está a de fomentar ainda mais a
cultura verde-amarelo nos Estados Unidos. “Para isso é preciso conscientizar o
nosso Governo da necessidade de investir mais nesta área”, salienta.
Shirley
também ressaltou a importância do representante trabalhar em diversos setores
da comunidade, desta forma atendendo a todas as necessidades. “Não podemos
fazer distinção de credo, cor ou status imigratório no país. Todos somos
brasileiros e quem for eleito deve trabalhar em prol de cada um”, fala.
Veja um
pouco da entrevista realizada com a apresentadora:
Brazilian Times - Há quanto tempo mora nos EUA e
porque resolveu sair do Brasil para morar aqui?
Shirley Farber - Cheguei a Massachusetts em 2003,
quando casei com o americano Scott. Vim por causa dele.
Brazilian Times - Por que você se candidatou a
Representante da Comunidade Brasileira?
Shirley Farber - Esperei até o último momento para
que alguma mulher se candidatasse. Acho importante a presença feminina nesta
disputa, pois assim serão abordados assuntos femininos e levados ao
conhecimento do governo brasileiro. Também fiquei um pouco desapontada com o
resultado das pesquisas de intenção de voto. Acho que os votos estão muito
divididos e isso pode resultar na não eleição de um representante por Massachusetts.
Brazilian Times - O que você já fez em benefício da comunidade
Brasileira?
Shirley Farber - Primeiro eu lido todos os dias com problemas
de pessoas da comunidade. Cada caso, ou eu tento resolver ou encaminho para uma
organização ou profissional competente. Desde acidentes de carro, prisões,
caixas extraviadas, patrão que não pagou salário. Estou muito empenhada também
em abrir os olhos dos norte-americanos sobre o que acontece em nossa
comunidade. Venho ajudando pequenos empresários, artistas e muitas mulheres. O
mais importante é que são pessoas que moram nas mais variadas partes do estado.
Minha área de atuação não está restrita à Framingham ou a uma organização.
Porque meu programa de TV e a revista atingem comunidades em vários locais. Eu
tenho conhecimento do que acontece em Cape Cod, Rhode Island, Somerville,
Stoughton, Marlboro, etc.
Brazilian Times - Qual é a sua profissão e
formação?
Shirley Farber - Sou formada em comunicação social
com pós-graduação em jornalismo.
Brazilian Times - Quais são as suas propostas e
projetos como representante da comunidade?
Shirley Farber - Duas coisas eu acho importante: uma
é melhorar o atendimento dos serviços consulares e minha sugestão é de que isso
seja feito com voluntários e lojas brasileiras e igrejas que abram seus espaços
para consulados itinerantes ou postos de atendimento. Pode ser formado um grupo
de brasileiros que tenha conhecimento sobre a comunidade e levem os assuntos
para uma reunião junto ao cônsul. Várias cabeças pensam melhor do que uma; Uma
outra coisa importante é fazer a ligação entre os brasileiros que moram aqui e
o governo brasileiro que parece, às vezes, que não conhece nossa realidade. Os
brasileiros, aqui, representam o Brasil. O governo brasileiro precisa
aproveitar e fazer com que a imagem desse brasileiro seja a melhor possível. Os
projetos dos brasileiros na área da cultura precisam ser vistos pelo nosso
governo como uma forma de divulgar o Brasil.
Brazilian Times - Você já tem alguma proposta que
será o carro-chefe de campanha?
Shirley Farber - Algumas das propostas eu já citei.
Acho que o consulado precisa trabalhar junto com as organizações que ajudam os
brasileiros, assim seria aliviado o fluxo de trabalho levado ao consulado. É
preciso um respeito mútuo. Eu acredito que uma pessoa como eu, que não está
vinculada a nenhuma organização nem igreja (mesmo divulgando todas), tenha mais
facilidade de propor esse trabalho conjunto. Existem várias pessoas e
organizações que ajudam a nossa comunidade neste país. O consulado precisa
reconhecê-las e ter ciência de que essas organizações podem ser parcerias em um
trabalho que resulte o bem comum.
Fonte: (Da redação)