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Publicado em 14/05/2010 as 12:00am

Arizona assina lei proibindo temas étnicos em escolas

A assinatura do novo projeto nesta terça ?feira (12), acontece quase um mês após Brewer assinar uma a controversa lei que torna a imigração indocumentada um crime no estado

A governadora do Arizona, Jan Brewer, parece não se incomodar com os protestos de todo o país contra a lei que torna a imigração indocumentada um crime, e recentemente protagonizou outro ato de combate aos imigrantes do estado. Ela acaba de assinar uma lei proibindo escolas do estado de abordar temas étnicos em programas de ensino.

O diretor do órgão que administra as escolas estaduais do Arizona, Tom Home, tentava passar o projeto à frente por anos, justificando que os programas causam  divisão entre os alunos, principalmente entre estudantes latinos e norte-americanos.

A assinatura da governadora nessa terça (12), acontece quase uma mês após Brewer assinar uma a controversa lei que permite que policiais comuns abordem suspeitos de estarem no país ilegalmente, permitindo a prisão e o julgamento desses imigrantes. A polêmica gerada pela iniciativa mobilizou parte da classe política e artística do país, com  propostas de embargo econômico ao estado em protesto à aprovação da proposta. Entidades de defesa dos direitos humanos também divulgaram seu repúdio à lei 1070, afirmando que ela poderia fomentar a discriminação racial no estado.

A lei assinada na terça, proíbe programas que defendem a solidariedade étnica, e que são criados principalmente para estudantes de uma determinada raça ou que promovam a divisão entre  determinados grupos étnicos. Os programas normalmente incluem a leitura de livros de história e literatura abordando a cultura latino-americana e sua influência nos EUA. A influência dos hispânicos em guerras como o Vietnam  por exemplo, serão proibidos em classe.

Aproximadamente 1.500 estudantes de 6 escolas estão matriculados no programa de ensino étnico do distrito de Tucson, que tem 56% de hispânicos, com  31.000 estudantes latinos. O diretor do programa, Sean Arce, disse no ultimo mês, que estudantes tem  melhor desempenho na escola quando eles aprendem sobre pessoas que tem a mesma origem que elas. “ É um programa bem engajado no melhor aprendizado aos nossos alunos, e é uma pena que o governo queira cercear  essa iniciativa” afirma Sean.

O porta-voz da governadora, Paul Senseman,  respondeu ao manifesto de 6 organizações de direitos humanos, que criticaram a assinatura da nova proposta.  “ O governo do estado acredita que estudantes da rede pública não devem ser ensinados a tratar cada um individualmente e criar conceitos que geram um senso de divisão entre classes e raças” afirmou o porta-voz, segundo noticiou o Associated Press.

Fonte: (Da redação)

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