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Publicado em 13/09/2010 as 12:00am

Lavagem da rua 46 agita Manhattan pela terceira vez

Pelo terceiro ano, as baianas com vasos de água-de-cheiro enfeitadas com flores, tomaram conta da rua 46 em Manhattan

 

Por Gisele Ribeiro

 

 

Pelo terceiro ano, as baianas com vasos de água-de-cheiro enfeitadas com flores, tomaram conta da rua 46 em Manhattan. Dia: sábado, 4 de setembro de 2010, antecedendo a festa de comemoração da independência do Brasil. Quem estava andando em Midtown naquela manhã ensolarada com céu azul já começou a sentir um reboliço ao se aproximar da rua conhecida como Little Brazil.

 

Pouco antes das 11 horas, na esquina da 6ª avenida com a rua 46, surdos, repininques, agogôs, chocalhos e pandeiros do grupo Manhattan Samba eram afinados, na preparação para o desfile. Ivan Araújo, organizador do grupo, garantia que a animação também iria continuar pela noite afora em uma casa de shows em Downtown Manhattan. Participantes vestidos com trajes brancos típicos do folclore baiano e do nordeste começavam a formar o corpo do desfile, que deslanchou mesmo entre 11 30 e 1pm.

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A cerimônia é uma homenagem à Lavagem do Senhor do Bonfim, realizada na Bahia desde da construção da igreja do Nosso Senhor do Bonfim em 1745. De acordo com historiadores, a igreja foi erguida em Salvador por conta do capitão Teodósio de Faria como pagamento de uma promessa. Ele foi salvo de um naufrágio. Na Bahia, o Senhor do Bonfim é também identificado como Oxalá, num sincretismo religioso que inclui umbanda, candomblé e catolicismo.

 

Interessados em participar do desfile na 46 são bem-vindos. A rotina das baianas começa cedo e as roupas típicas ficam por conta dos organizadores do evento. Juventina, jâ da velha-guarda, como ela mesma fala, conta que esta é a segunda vez que participa. "A gente teve dois encontros antes do desfile, onde foi explicado para não usarmos salto alto e lembrarmos de devolver o traje. Muita acaba esquecendo e volta vestida de baiana para casa! Nesses encontros, também foi explicado como jogar a água na rua e distribuir flores para o público. Acho muito organizado. Lá na hora, tem gente que ajuda a gente a se vestir, fazer o cabelo e maquiagem."

 

Na Bahia as escadarias da igreja são lavadas com água benta. O ritual da rua 46, além da lavagem, também inclui a libertação de pombas brancas para dar boa sorte. Este ano, algumas pombas sapecas acabaram tendo outros destinos além do céu. Uma pousou na cabeça de um sortudo, outra virou bichinho de estimação e uma terceira virou motorista de um carro. Ela encontrou uma janela aberta e resolveu pousar no volante.

 

Mariani Ebert e Sampa comandaram as apresentações. Após a abertura realizada por Silvana Magda, João de Mattos e Edilberto Mendes, o evento contou com a homenagem à cantora Margareth Menezes pelo seu trabalho na ONG Fábrica Cultural. O prêmio foi oferecido pela Legião da Boa Vontade (LBV – www.legionofgoodwill.org). A presidente do órgão oficial de turismo da Bahia, também foi agraciada. Recebeu o Troféu Axé de Turismo.

 

Em seguida, o público se divertiu com as mais de dez atrações, incluindo a banda Ai Delícia e uma prévia da escolha da musa do "Brazilian Day." Para quem ficou só na vontade e não foi este ano, pode já preparar a agenda do ano que vem. O evento já faz parte do calendário oficial da cidade de Nova York. Maiores informações podem ser encontradas no site www.lavagemdarua46ny.com

 

Fonte: (Da redação)

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