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Publicado em 1/12/2010 as 12:00am

Dream Act mobiliza jovens brasileiros em MA

Cerca de 300 pessoas se reuniram em frente à St. Pauls Cathedral, em Boston ? MA, na segunda ? feira (29), para protestar em favor da aprovação do Dream Act

 

Aproximadamente 300 pessoas se reuniram em frente  à St. Pauls Cathedral, em Boston – MA, na segunda – feira (29), para protestar em favor da aprovação do Dream Act, projeto que pode render um caminho à cidadania para milhões de jovens que foram criados e educados no país.

Por quase uma década, a medida tenta aprovação no congresso federal, mas sempre encontra resistência entre os mais conservadores. A preocupação com o obsoleto e ineficaz sistema migratório do país, tem causado discussão em todo o meio político norte-americano, que ainda estuda o primeiro passo no caminho de uma reforma ampla no setor. O próprio presidente Barack Obama afirmou recentemente que o Dream Act é de fato o projeto mais justo e urgente no tratamento do tema. Até o partido republicano, conhecido por ter uma postura contrária à iniciativa, tem encontrado apoio ao projeto em alguns de seus mais emblemáticos políticos. É o caso do deputado federal pela Flórida Lincoln Diaz Balart, que afirmou que ‘ muitos estudantes tem sido punidos pela falta de ação do governo federal no tema, e que o projeto representa muito mais do que a briga entre os dois partidos no congresso,  representa um teste verdadeiro aos valores americanos’. Na última semana, o apoio à iniciativa voltou a criar polêmica, com a divulgação de uma campanha de greve de fome por estudantes da Universidade do Texas. Eles anunciaram a proposta seria pressionar a senadora federal, Kay Bailey Hutchison,  para votar a favor do Dream Act, numa possível volta do projeto à votação no congresso.

Para muitos, o projeto pode ser o ponto de partida para uma reforma mais ampla e compreensiva no setor. “ A principal questão no tratamento do tema é que estamos abordando jovens que não tiveram a escolha de chegar ao país, eles foram trazidos pelos pais, e cresceram nesse ambiente, criaram vínculos sociais e culturais. Muitos deles estão fazendo a sua parte como bom cidadãos, estudando e se destacando em instituições de educação, mas não tem a mesma oportunidade de um americano por falta de documentos, por não ser estar legalmente no país” afirma a médica e ativista Elisa Garibaldi. Para ela, os opositores à medida falham em não considerar o imenso ganho que a regularização desses indocumentados pode trazer. “Ao legalizá-los, serão mais impostos pagos, mais dinheiro no cofre das universidades, força de trabalho qualificada e que pode reforçar o poderio econômico dos EUA no geral” completa.

Elisa também salienta que a volta para o Brasil, país do qual a maioria tem poucas ou quase nenhuma lembrança, poderia ser um grande choque em vários aspectos. “ Além da adaptação da língua, expressões e gírias, eles terão dificuldades de se encontrar dentro da sociedade. Os hábitos de segurança, de socialização, de como se portar diante de situações distintas. Até uso um exemplo pessoal. Eu nasci no Panamá, e fui levada pelos meus pais para o Brasil ainda adolescente, e já falava português pelo fato de minha mãe ser brasileira.  Mas demorei um tempo para me adaptar e não ser vista como estrangeira, e começar a criar vínculos. É triste que esses jovens sejam privados de seus sonhos no pais em que cresceram” opina Elisa.

 É o caso de milhares de jovens brasileiros que, apreensivamente, esperam ver o projeto aprovado.  “ O meu sonho é ser professor de biologia e seria ótimo que eu pudesse torná-lo realidade aqui nos EUA. Sempre obtive as melhores notas na High School, e infelizmente não pude adentrar a universidade ainda, por conta das enormes dificuldades que os indocumentados enfrentam para conseguir pagar a tuition.”revela Felipe Prado, de 21 anos. O capixaba de São Francisco, que há 7 anos reside nos EUA.

 

Fonte: (Da redação)

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