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Publicado em 29/12/2010 as 12:00am

Soldado brasileiro encontra amor em conflito no Iraque

Através de conversas via internet na base militar no Iraque, o carioca José Alberto Alves da Silva iniciou um relacionamento amoroso com a empresária Paula Fernanda Carvalho. Após o retorno do brasileiro, o casal se prepara para subir ao altar

 

Um caminho de muitas oportunidades e benefícios, a carreira militar tem adquirido cada vez mais procura e curiosidade por parte dos brasileiros que residem nos EUA. Em série de reportagens veiculadas no início do ano passado, o BT retratou a trajetória de alguns dos destaques tupiniquins dentro da Guarda Nacional Norte-Americana e acendeu a luz sobre as vantagens de se vestir a farda do país.

Há quase 3 anos atuando como militar, o carioca José Alberto Alves da Silva, acaba de voltar de um dos maiores desafios de sua vida : ser enviado ao Iraque e defender a paz e a ordem numa terra devastada pelo pós-guerra e por diferenças sociais e religiosas. “ Eu pude cumprir o meu papel e honrar a oportunidade que me foi dada” afirma o carioca, que há 12 anos mora nos EUA, residindo atualmente em Framingham – MA.

Com a função de Utilities Equipment Repairer ( responsável por fazer a manutenção elétrica dos equipamentos utilizados pelo exército) , ele permaneceu por dois meses e meio no país. “ Fui convocado e servi com todo orgulho e honra. Estava bem treinado tanto fisicamente quanto psicologicamente. Eu propus ficar à disposição do governo americano, usufrui dos benefícios de ser um militar e tinha chegado a vez de honrar o compromisso” explica ele, que tem dois filhos pequenos, Lucas, de 3 anos, e Nicole, de 5 anos. “ Estou muito grato que eu tenha voltado com saúde da área de combate. Meus filhos são a razão da minha vida” ressalta José Alberto.

A experiência é citada por ele como ‘caótica’, e mesmo com o passar de 7 anos desde o início das operações no Iraque, e com a recente retirada de boa parte das tropas, o clima ainda é conflituoso. “ O deserto e o ambiente adverso me trouxeram sensações ruins porém maravilhosas, como a solidão, que me fez repensar os valores da minha vida, e no tanto que eu me orgulhava de estar ali servindo à uma causa humanitária” relata José Alberto. Os 75 dias no país também lhe renderam uma nova conquista, dessa vez amorosa. “ Estando lá eu conheci a mulher da minha vida. Já éramos amigos antes, mas nossas conversas pela internet culminaram no amor que criamos um pelo outro” afirma ele, que mantinha conversas constantes com a empresária Paula Fernanda Carvalho, que se tornou sua noiva recentemente.

Entre os vários momentos que marcaram a sua trajetória no conflito, ele não se esquece de um episódio envolvendo crianças iraquianas. “ Estávamos na base militar durante a madrugada, quando sofremos um ataque inesperado. Quando eu saí da base para me preparar para o embate, eu vi um grupo de crianças pedindo comida e água. Foi algo que mexeu comigo e me sensibilizou” relata o carioca, que parou a preparação para atender às crianças por alguns minutos.

Como grande parte dos imigrantes brasileiros, José Alberto desembarcou nos EUA em busca de novas perspectivas e de uma melhor qualidade de vida. “ Logo que me formei em direito no Brasil, não consegui me estabelecer na área. À convite de uma amiga da minha família, resolvi viajar aos EUA para tentar mudar de vida. Trabalhei no ‘Dunkin Donuts’, entregando e fazendo pizza, limpeza, construção, pintura. Quase todos os empregos que os imigrantes tem que desempenhar nessa ‘terra’” afirma José Alberto. A descoberta pelo caminho militar, porém, mudou seus projetos futuros. “ Após me fixar num emprego em um restaurante, fiquei sabendo sobre essa oportunidade. Eu, que já vinha de uma família de militares, achei que seria uma ótima oportunidade” relata o carioca, que voltou há 4 meses da missão. “ Eu já tinha o Green Card, mas o alistamento pode acelerar o processo de cidadania, e isso foi um fator primordial na minha escolha. Queria dar essa segurança para mim e para meus filhos. Foi uma maneira muito honrada de receber a cidadania” completa.

Fonte: (Da redação)

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