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Publicado em 22/02/2011 as 12:00am

Justiça dos EUA nega visita de avós brasileiros de Sean

A Corte Superior de Jersey chegou à conclusão de que os avós não querem rever o garoto e sim manter a briga pela guarda

 

No dia 17 a Corte Superior de New Jersey negou o pedido feito por Silvana e Raimundo Ribeiros, avós do menino Sean Goldman, o menino que foi exposto para o mundo durante uma batalha judicial entre o pai norte-americano e a família brasileira. Ambos queriam a guarda da criança que acabou ficando com o patriarca e depois mudou-se para os Estados Unidos.

O juiz que avaliou o caso chegou á conclusão de que os avós podem ser incluídos na teoria “mãos limpas”, e que agiram de má fé e tiveram uma conduta fraudulenta buscando contaminar o processo de decisão sobre a guarda do menino. A Corte definiu que eles desobedeceram à diversas ordens da Corte de New Jersey, entre elas a ordem de devolver o menino ao pai, David Goldman, datada de 23 de agosto de 2004. “Este tipo de atitude não apenas violou a determinação judicial, como mostrou o desprezo deles diante da Justiça dos Estados Unidos”, citou um dos parágrafos da carta de negação.

Outro ponto citado pela corte para justificar a negação de visita foi o de que a persistência dos avós na tentativa de levar o menino de volta ao Brasil está prejudicando Sean. Esta afirmação foi feita baseada em laudos psicológicos e “mostra que a família brasileira está querendo satisfazer apenas os próprios interesses”.

A corte citou ainda que foi analisado se a visita dos avós iria ou não prejudicar o menino e chegaram à conclusão de que “sim”.

O menino Sean Goldman, nascido nos Estados Unidos, está com 10 anos de idade e é filho do norte-americano David Goldman com a brasileira Bruna Ribeiro. Em 2004, ele foi levado pela mãe ao Brasil. Foi então que se iniciou uma batalha judicial pela guarda do garoto. Mesmo depois que a mãe morrer a luta continuou. De um lado o pai tentava trazer o filho para os Estados Unidos e do outro os pais da brasileira faziam de tudo para segurar o neto no Brasil.

Somente cinco anos depois a justiça brasileira decidiu que o menino deveria morar com o pai, nos Estados Unidos. Mas os avós continuaram brigando para recuperar a guarda do neto e foi esta atitude que influenciou na decisão de negar a visita deles ao menino Sean.

O pai do garoto estabeleceu algumas normas para permitir a visita dos avós ao menino, mas não foram aceitas. Entre as exigências do pai, estavam: Suspender todas as ações que os avós movem no Brasil contestando a repatriação de Sean para os Estados Unidos ou a guarda concedida a David; A não aparição em público dos avós com a criança, desafiando determinação da corte de NJ; O momento e a duração das visitas serão estabelecidos de acordo com as indicações do psicólogo que acompanha Sean; Toda a comunicação dos participantes das visitas deverá ser confidencial.

A corte foi contrária ao pedido de que eles não deveriam aparecer em público, devido a enorme cobertura jornalística sobre o caso. Mesmo assim os avós discordaram das demais condições e a Justiça decidiu que a prioridade dos avós “não é ver Sean e sim ganhar as disputas judiciais” e isso significa mais danos psicológicos ao garoto.

O psicólogo do menino, Charles Diament, disse que apesar de Sean ter se adaptado aos Estados Unidos e refeito os laços com o pai, ele ainda se mantém frágil emocionalmente e futuras disputas pode prejudicar muito sua vida.

O laudo foi assinado por Diament e três psicólogos brasileiros, indicados pela Justiça do Brasil, que alegaram que os avós tentaram afastar Sean de David, desde que a criança chegou ao Brasil.

Fonte: (Da redação)

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