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Publicado em 7/03/2011 as 12:00am

Evento na Harvard discute evolução do português no Brasil

Será servido um almoço durante o evento e a entrada é gratuita. O seminário será realizado no prédio CGIS South, Room S-050, 1730 Cambridge Street, Cambridge e terá início ao 12:00 p.m. até 2pm. Para


Por Marcelo Zicker


Como parte de uma série de seminários organizados pela Harvard Brazil Studies Program, acontecerá na próxima quinta - feira ( 10), a conferência 'Vejo-a or Não a vejo: A Glance at the History of Brazilian Portuguese', que analisará, sob a ótima da linguística, a evolução da língua portuguesa no Brasil, entre paradoxos com o desenvolvimento do idioma em Portugal.
Moderado pela professora de linguística da Harvard University, Maria Polinsky, o evento contará com a palestra da professora brasileira Filomena Sandalo, que leciona na Massachusetts Institute of Tecnology - MIT. " Vou falar sobre pronomes clíticos, aqueles pronomes que se grudam ao verbo no português do Brasil (ex. não me viu). Por isso o título vejo-a ou não a vejo, com o pronome "a" em dois lugares distintos em relação ao verbo. No português brasileiro oral, o posicionamento destes pronomes variam livremente em ser colocado antes ou depois do verbo. Não é assim no português europeu. Na escrita somos ensinados a seguir o europeu e os brasileiros têm dificuldades com isso. Neste trabalho, trato sobre qual é a lógica do português europeu. Isto é, não as regras de memorização da gramática da escola, mas realmente como entender o fenômeno. Além disso, mostro que o português europeu e o brasileiro tiveram a origem no português clássico, e mostro que o português brasileiro é mais próximo ao clássico. Assim, a língua que mudou, nesta particulariedade, é a européia. A variedade brasileira falada mantém a regra da variedade clássica" relata Filomena.
Com graduação e mestrado na Universidade de Campinas - UNICAMP, doutorado na University of Pittsburgh (EUA), e 3 pós-doutorados (sendo o último no MIT), Flilomena trabalha com o português e com línguas indígenas brasileiras. " A minha linha de trabalho é gerativa e tenho formado um novo grupo de alunos de mestrado e doutorado para analisar as línguas brasileiras sob a perspectiva gerativa (de Noam Chomsky, MIT). Além do português, trabalho principalmente com a língua Kadiwéu, falada no Mato Grosso do Sul. Mas oriento trabalhos sobre muitas línguas da área do pantanal" revela.
Para o coordenador da Harvard Brazil Studies Program, Aaron Litvin, o programa de conferências sobre o Brasil tem atraído um público cada vez mais curioso e interessado nos assuntos relacionados ao país, com a presença de um público variado entre alunos da universidade, membros da comunidade brasileira, professores e americanos que se interessam pela nossa cultura. " A participação no programa tem nos surpreendido pela heterogeneidade de público e pelos bons resultados das discussões que propomos" revela Aaron, que afirma que os seminários pretendem tratar de várias áreas de conhecimento relacionadas ao Brasil.
Será servido um almoço durante o evento e a entrada é gratuita. O seminário será realizado no prédio CGIS South, Room S-050, 1730 Cambridge Street, Cambridge e terá início ao 12:00 p.m. até 2pm.  Para mais informações contatar Aaron Livtin - brazil@fas.harvard.edu.

Fonte: (da redação)

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