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Publicado em 1/07/2011 as 12:00am

Brasileiros relatam como a reforma imigratória mudaria as suas vidas

Com o novo projeto de reforma imigratória apresentado no congresso americano, brasileiros sonham em pegar os tão famosos "papéis", e falam à reportagem do Brazilian Times o que fariam após a conquista do documento americano

Após décadas sem nenhuma lei que possibilite a regularização de imigrantes indocumentados que vivem nos EUA, aliada à atual situação econômica e política que o país atravessa,  muitos indocumentados começam a perder a esperança de se documentar e deixam de lutar pelas reformas tão necessárias para todos, inclusive para os americanos.

Apesar de tudo, basta qualquer possibilidade de aprovação de reforma imigratória surgir no congresso americano que a comunidade brasileira, assim como todos os imigrantes indocumentados dos EUA, começam novamente a sonhar e a fazer planos com a sonhada regularização imigratória, que pela recorrência no legislativo americano, deve ser aprovada mais cedo ou mais tarde. Mas, independente de quando a reforma vai acontecer, a maior parte dos brasileiros não perdem a esperança e torcem para que desta vez ela se concretize.

A ausência da lei não impede que muitos façam planos

Fazendo parte do time dos que estão indo embora no final do ano (apesar de ainda não saber quando), Ederson Vieira Figueiredo, nascido em Coronel Fabriciano (MG), há 6 anos vivendo nos EUA, diz que a posse do documento o levaria a visitar a família no Brasil, mas que ele voltaria para cá para poder continuar a construir seu futuro, mesmo com a aposentadoria sendo do Brasil, ele manteria a sua documentação aqui nos EUA. Ederson afirma que, mesmo legalizado, continuaria investindo no Brasil, mas melhoraria seu padrão de vida por aqui, já que o documento abriria as portas de melhores empregos e linhas de crédito.

Apesar de viver há apenas um ano e meio nos EUA, Ângela Maria Braga, que é natural de Belo Horizonte (MG), acredita que a documentação mudaria tudo em sua vida, já que possibilitaria a ela rever sua família. A mãe de Ângela tem 84 anos e acabou de sofrer um acidente, e ela sofre por não poder ir vê-la, o que comprova o quanto os imigrantes sofrem com a falta de documentos. Ângela  está também muito preocupada com duas prisões pelo ICE, que aconteceram em Milford na semana passada, sendo que um dos indocumentados, que tinha corte de imigração, já foi deportado. “Isso tudo assusta muito a gente, e com a reforma todo este medo vai ir embora” afirma Ângela.

Já as irmãs Wagda e Wagma Serdeira, naturais de São Paulo (SP) vivem uma situação inusitada, e que ilustra bem a situação de muitos brasileiros. Wagma Serdeira vive há mais de 10 anos nos Estados Unidos, já é cidadã americana, e acredita que a reforma deve privilegiar somente os imigrantes que querem viver por aqui, e não aqueles que só vieram buscar dinheiro para voltar, ou para fazer coisas fora da lei, para ela o trabalhador honesto deve ser beneficiado com a regularização de sua situação. Já sua irmã Wagda Serdeira, só vive nos EUA há 8 meses, e acredita que sua documentação iria mudar tudo em sua vida, falando como os que já são veteranos de América.

Que a reforma imigratória vai mudar a vida dos imigrantes é um fato presente em todas as conversas de brasileiros que vivem nos EUA, mas a realidade é que poucos acompanham ou se envolvem na luta direta pela reforma. Diferentemente de outras etnias, e até mesmo dos americanos, os brasileiros não tem o hábito de pressionar os congressistas com cartas, emails e telefonemas em prol daquilo que acreditam que pode ajudar a realizar seus sonhos.

Fonte: (da redação)

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