Publicado em 12/08/2011 as 12:00am
ONG promove evento sobre os direitos dos trabalhadores imigrantes
Recente estudo divulgado pela Universidade de Massachusetts em Amherst, revelou que a atual legislação estadual não atua combatendo abusos aos trabalhadores imigrantes
O deputado estadual Antônio Cabral reuni-se com trabalhadores e imigrantes na terça-feira(09), em New Bedford - MA, para debater sobre uma legislação que defenda os direitos dos trabalhadores temporários, muitos deles brasileiros e estrangeiros de outras nacionalidades.
Durante seu discurso, o deputado pontuou sobre a importância da atuação do estado na defesa do trabalhador. “O estado deve regular cada empregador de uma forma geral e igual para todos”, disse o político de origem portuguesa. O debate também envolveu a discussão do projeto REAL, que atualizaria e facilitaria as leis envolvendo agências de emprego temporário do estado.
Em recente estudo divulgado pela Universidade de Massachusetts em Amherst, a falta de regulamentos simples tem permitido que agência de empregos inescrupulosas abusem dos trabalhadores de várias formas, desde retendo o pagamento de horas extras até negando acesso à equipamentos de segurança apropriados. Segundo comunicado enviado pelo grupo que atua em favor do projeto, ‘o REAL visa reduzir esse controle do empregador, simplificando o sistema dualista e antiquado que permite que algumas agências escapem da supervisão do estado’.
Durante a conferência, realizada na igreja Nossa Senhora de Guadalupe, o deputado, juntamente com ativistas comunitários, explicou ao presentes que no atual sistema, milhares de imigrantes e outros trabalhadores com baixa remuneração em New Bedford, estão sujeitos a diversos tipos de exploração trabalhista. A REAL já conta com o apoio de 80 legisladores de Massachusetts.
Uma imigrante de 25 anos, que esteve presente ao encontro, afirmou já ter sido transportada para fábricas e locais de trabalho, sem informação do que faria e quanto ganharia. “Tudo isso porque as agências de trabalho devem dar valor não somente ao nosso trabalho, mas também nos tratar como seres humanos” testemunhou Lina, oriunda da Guatemala.
Fonte: (REAL Coalition)