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Publicado em 15/08/2011 as 12:00am

Obama afirma que apoia o programa Secure Communities

Após ser apontado como o presidente que mais deportou imigrantes em toda a história do país, Barack Obama revelou na última semana, que é a favor do programa anti-imigrante

Depois de ter sido eleito presidente sob promessas de que faria algo para defender os imigrantes e promoveria uma reforma nas leis de imigração que legalizaria milhões de pessoas que vivem às sombras nos Estados Unidos, Barack Obama protagoniza o governo que deportou o maior número de pessoas, e revela agora que apoia a implementação do controverso programa Secure Communities.

 

Diversos grupos pró-imigrantes já manifestaram a revolta diante do marasmo da administração Obama e levantaram uma campanha na qual tenta obrigar o presidente agilizar uma reforma imigratória sob pena de não receber os votos dos latinos.

 

Mesmo assim, nesta semana, o presidente declarou seu apoio ao programa “Secure Communities”, considerado anti-imigrante e fomentador do medo e racismo. “Os diretores do Immigration Customs Enforcement - ICE tem focado na prisão de criminosos perigosos ao país e este programa é para gerar segurança às nossas comunidades”, explica.

 

O presidente reconheceu o empenho dos legisladores hispânicos em aprovar uma reforma, mas acrescentou que nada será feito enquanto não houver uma união maior. “Enquanto isso precisamos garantir a segurança para as nossas comunidades, pois entre os imigrantes trabalhadores existem aqueles que só querem fazer o mal”, fala salientando que a intenção não é atingir as famílias de bem.

Segundo o presidente, o programa será aplicado, mesmo que os estados se recusem a assinar a parceria. “O Secure Communities é exclusivamente para defender e promover a segurança”, fala.

Ativistas em MA se revoltaram com decisão do ICE de tornar programa obrigatório

Após o Departamento de Segurança Interna, anunciar no último dia 5,  que o órgão tornará o programa Secure Communities compulsório, sem depender do aval dos estados para entrar em vigor, ativistas de todo o país iniciaram série de protestos e manifestações, questionando a medida.

Mesmo com as negativas em assinar a proposta em diversos estados do país, e com declarações públicas do prefeito de Boston, e do Governador de Massachusetts, se colocando contrários à medida, o ICE resolveu agir, noticiando em teleconferência no dia 5, que está agindo ‘com as próprias mãos’ na aplicação do programa. “Não é necessário termos permissão para atuar e fazer o nosso trabalho”, ressaltou o diretor do Immigrantion and Customs Enforcement – ICE, John Morton.

O diretor da National Day Laborer’s Organizing, Pablo Alvarado afirmou que não se pode deixar que ‘se passe por cima da autoridade de cada estado em estabelecer leis’. “Não podemos aceitar que governos governem por decreto, tem que haver respeito à democracia” afirmou ele. “ Isso é uma catástrofe. Os imigrantes tem que sair às ruas, protestar, e defender o direito de ir e vir, lutar pelos direitos humanos. Precisamos achar meios jurídicos para reverter essa decisão” afirma a ativista Cláudia Tamsky. “Esta é mais uma atitude de cima para baixo, de força, desrespeitosa com os governos estaduais e que demonstra a insegurança do departamento”, disse Heloisa Maria Galvão, do Grupo Mulher Brasileira. “Temos de apoiar o prefeito e o chefe de polícia para que eles tenham coragem de enfrentar a imigração e temos de dizer ao Presidente que isto não é o papel que esperamos dele. O Grupo Mulher Brasileira não vai ficar calado” completou, em comunicado enviado à imprensa. “Esperamos que eles atuem para regularizar os imigrantes, não para perseguí-los. Agora estamos vendo quem está do nosso lado” afirma o radialista e ativista Ilton Lisboa. "Até agora o presidente não conseguiu colocar os Estados Unidos no eixo e tem passados muitas dificuldades. Toda vez que ele tenta colocar a reforma imigratória em pauta , surge um problema que toma a atenção de todos. Assim foi na reforma da saúde, na crise econômica e no problema de desemprego. Mesmo assim não isenta o presidente do compromisso que ele assumiu com a comunidade imigrante, mais especialmente com o eleitor latino. Promovendo programas que perseguem imigrantes, é sinal de que ele não está voltado para cumprir a promessa, pois se pode promover programas anti-imigrantes ele também tem poder para criar meios de beneficiar os imigrantes", afirma Walter Mourisso, membro do CRBE, sobre a declaração do presidente.

Fonte: (da redação)

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