Publicado em 19/10/2011 as 12:00am
Brasileira assume culpa e pode pegar perpétua
Janiber Vieira, 51 anos, assumiu que ajudou o filho fugitivo, David Britto, a fugir para o Brasil
A brasileira Janiber Vieira se declarou culpada na segunda-feira (17), pela fuga do seu filho, David Brito, que trabalhava como policial no departamento de Boynton Beach e enfrentava julgamento por tráfico de drogas. Ele estava em liberdade condicional e no dia 24 de agosto quebrou a tornozeleira eletrônica e fugiu para o Brasil.
Depois de algum tempo, as investigações apontaram para participação da mãe do policial nesta fuga. Janiber foi presa no dia 2 de outubro, no aeroporto internacional JFK, em New York. Ela estava na lista de passageiros que embarcariam para o Brasil. Os investigadores acreditam que ela tentava fugir.
O julgamento de Janiber está marcado para o dia 14 de novembro e a confissão de culpa na fuga do filho, foi para evitar ser julgada pelas acusações de mentir para policiais, omitir informações e desobedecer uma ordem do Tribunal. Desta forma, ela quer ficar livre de uma possível condenação a prisão perpétua.
Ainda não sabe em qual cidade o brasileiro “fujão” está morando. Ele é natural do Espírito Santo, mas denúncias dão conta de que Brito poderia estar morando no nordeste brasileiro.
Passaporte
Segundo as investigações, o brasileiro solicitou uma segunda via do passaporte ao Consulado-Geral do Brasil em Miami, alegando que o outro havia sido retido pelas autoridades. Não houve nenhum empecilho para que o documento fosse liberado.
Ainda não ficou certo se David foi pessoalmente ao órgão ou enviou terceiros. Isso porque tornou-se comum “despachantes” atuarem como representantes dos brasileiros diante do Consulado. Dezenas de passaportes são emitidos sem a presença do titular, toda semana.
O Consulado emitiu um documento sobre o assunto, informando que o órgão desconhecia que o brasileiro enfrentava acusações na Justiça dos Estados Unidos. “Para as autoridades brasileiras, David não é um criminoso”, disse o secretário consular, Fernando Arruda ao jornal The Sun Sentinel.
Fonte: (da redação)