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Publicado em 4/11/2011 as 12:00am

Famílias brasileiras protestam contra presença de depósito de material tóxico

Os brasileiros iniciaram uma campanha contra a presença de um depósito de material tóxico localizado ao lado de uma escola da cidade, onde a maioria dos alunos são filhos de imigrantes

Famílias brasileiras em Framingham iniciaram uma campanha contra a presença de um depósito de material tóxico localizado ao lado de uma escola da cidade. A Woodrow Wilson Elementary School é frequentada por muitas crianças brasileiras e seus limites terminam próximos ao depósito, o que segundo alguns pais, expõe os seus filhos ao risco de contaminação todos os dias.

Segundo matéria do jornal Boston Globe, os químicos armazenados no local são muito perigosos e a entidade Framingham Action Coalition for Environmental Safety, já está trabalhando para fechar o local. Segundo Sydney Faust, um membro da entidade, a escola situada no sul de Framingham é formada majoritariamente por brasileiros que são desconectados com a política local, e pouco conscientes como eles poderiam pleitear por seus direitos com as administrações públicas. Segundo dados divulgados pela publicação de Boston, 80% dos alunos da escola tem o inglês como segunda língua, e 70% são considerados de famílias de ‘baixa renda’,afirmou o diretor da escola, Robin Welch.

“Essas pessoas não falam inglês. Eles não lêem os jornais. Eles são de famílias de baixa renda. Alguns são indocumentados, e se sentem coibidos de protestar” afirma Faust, um brasileiro que se tornou cidadão norte-americano há 15 anos.  Ele e um grupo de brasileiros estão tentando reunir as famílias brasileiras para se unir no protesto contra a  General Chemical  e as autoridades públicas.

“ Eu não quero esperar para ver as pessoas ficando doentes, para fazer algo com relação a isso. Nós precisamos agir agora, eu me preocupo com as pessoas que moram aqui perto” afirma Eliane Louison, que vive em um condomínio próximo ao depósito.

O Departamento de Saúde local tem conduzido auditorias no depósito da General Chemical, em processo que permite que eles continuem atuando na cidade. No ano passado, autoridades locais descobriram um vazamento de substâncias tóxicas próximo ao local do depósito, o que resultou na atual auditoria. A empresa foi ordenada a fazer uma limpeza estipulada em $1.4 milhões.

Para Taryn Hallweaver, que tem ajudado os brasileiros e trabalha na Toxics Action Center, em Boston, afirma que o local é muito perigoso e que algo deve ser feito. “Levando-se em conta o meio ambiente e o perigo à saúde, esse lugar é um dos mais perigosos do estado” opina.  “ Eu não sabia que era tão terrível assim. Eu não quero meus filhos expostos a químicos, se eles não fecharem esse lugar, vou tirar meus filhos da escola” afirma a brasileira Regia Delana.

Quem também descobriu o problema foi Eny Almeida, que tem dois filhos matriculados na escola. “ Eu descobri isso há 3 meses. Eu fiquei tão assustada e surpresa. Eles estão colocando a vida dessas crianças em risco. Nossos filhos são americanos, eles merecem o melhor” afirma Eny.

Fonte: (da redação)

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