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Publicado em 9/01/2012 as 12:00am

Brasileiros batem recorde de compras nos EUA

Jóias, iPads, produtos de beleza, roupa, carrinhos de bebê ou casas: impulsionados pela força de sua economia e do real, os brasileiros fazem jus à fama de consumistas e viajam e compram como nunca, com os Estados Unidos e a França entre os destinos favor

Jóias, iPads, produtos de beleza, roupa, carrinhos de bebê ou casas: impulsionados pela força de sua economia e do real, os brasileiros fazem jus à fama de consumistas e viajam e compram como nunca, com os Estados Unidos e a França entre os destinos favoritos.

A crescente mobilidade social dos brasileiros - quase 30 milhões ascederam à classe média nos últimos 10 anos -, o aumento da renda e do crédito e a queda do desemprego (5,2% em novembro) contribuíram para mais viagens e gastos recordes dos brasileiros no exterior.

Seus destinos favoritos: Estados Unidos (Flórida e Nova York), Buenos Aires e Paris, contou à AFP o diretor do Departamento de Estudos (Depes) do Ministério do Turismo, José Francisco Salles Lopes. Em 2010, 1,1 milhão de brasileiros viajaram para os Estados Unidos, 870.000 para a Argentina e 384.000 para a França. A lista de preferências continua com Portugal, Itália e Espanha.

E os brasileiros não apenas viajaram, mas gastaram muito. Com 5,9 bilhões de dólares desembolsados nos Estados Unidos em 2010, segundo o departamento de Comércio americano, são os estrangeiros que mais gastam per capita no país, quase 5.000 dólares por pessoa. "O brasileiro gasta tudo o que tem. Se tem 5.000, gasta 5.000", explicou Salles.

O Banco Central estima que, em 2011, os brasileiros gastaram mais de 20 bilhões de dólares em viagens internacionais, 22% a mais que em 2010. "'Me vê três!" - Sydney, um pediatra do Rio de Janeiro de 47 anos que não quis dar seu sobrenome para evitar problemas com a alfândega, viaja para os EUA cerca de duas vezes por ano e chegou de Boston recentemente. Trouxe mais de 40 pacotes de itens comprados pela internet e enviados para o hotel por sua filha de 14 anos.

"Dois iPods, um computador, roupas e tênis de marca, duas câmeras; a comodidade de comprar assim, a segurança, a qualidade, o preço, tudo é imbatível. No Brasil tudo custa o dobro ou o triplo", explicou à AFP .

Com pesadas cargas tributárias, uma inflação ainda elevada (6,6%) e com o aumento de quase 40% do real em relação ao dólar desde 2009, o Brasil é um país caro. Sydney também viajou em 2011 para Fort Lauderdale (Flórida) e visitou um megashopping invadido por brasileiros.

"Eu tinha vergonha de dizer que era brasileiro, meus compatriotas estavam em todos os lugares, experimentavam camisas Armani e gritavam: não importa o tamanho ou a cor, me vê três!"

As brasileiras grávidas também viajam em massa para os EUA para comprar o enxoval do bebê.

Carlos Eduardo, um administrador de uma empresa carioca de 40 anos e cuja esposa espera um bebê para maio, passou o Natal em Orlando fazendo compras para seu futuro filho, de roupas de bebê até dois anos até pomadas para assadura, e "tudo por um terço ou um quarto do que pagaria no Brasil".

Cada brasileiro pode trazer do exterior mercadorias de até 500 dólares sem pagar impostos. A disparada dos preços dos imóveis no Brasil também levou os brasileiros a comprar apartamentos de luxo em Miami, de acordo com os corretores imobiliários.

Em 2011, a demanda por vistos para viajar para os Estados Unidos aumentou 40%, e Washington anunciou que vai redobrar o número de funcionários no Brasil para agilizar o processo, que hoje leva cerca de 50 dias. O consulado do Rio de Janeiro está organizando um "Super-Sábado de vistos" para conceder 1500 vistos. A indústria do comércio e do turismo americano faz lobbie no Congresso para que os brasileiros entrem sem visto.

"Este era o sonho dos brasileiros e agora são os americanos que pedem. Reconhecem no brasileiro um turista de qualidade", afirmou Salles.

Fonte: (Agência Folha)

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