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Publicado em 12/01/2012 as 12:00am

Indocumentados não testemunharão contra acusado de assassinato

Advogado afirma que "status imigratório" de testemunhas pode prejudicar julgamento

O advogado de defesa do brasileiro Marcelo Almeida, 41 anos, acusado de assassinar a facadas a ex-namorada na cidade de Marshfield, em Massachusetts, disse que acredita que algumas ‘testemunhas-chave’ não participarão do processo de julgamento. Segundo Jack Atwood, o grande empecilho será o “status imigratório” destas pessoas.

Três pessoas relataram à polícia que viram o acusado segurando uma faca com manchas de sangue próximo ao corpo da vítima, Patrícia Frois. Mas na quarta-feira (11), o advogado afirmou que estas testemunhas não serão capazes de colaborar com o julgamento por temerem por estarem em situação ilegal no país.

Ele acrescenta ainda que algumas destas testemunhas podem até ter fugido com medo de envolvimento com a justiça. “Acredito que nenhuma delas virá depor contra meu cliente”, ressalta.

O porta-voz do gabinete do Procurador do Distrito do Condado de Plymounth, Russ Eonas, não quis comentar as declarações do advogado de defesa de que o “status imigratório” das testemunhas possa interferir no andamento do processo.

Quanto ao brasileiro acusado, através de um intérprete, alegou inocência diante do juiz da corte de Brockton, Frank Gaziano. Vestindo uma camiseta branca, ele permaneceu quase toda a audiência cabisbaixo e aparentava estar bastante abalado com a situação. Almeida está preso em uma prisão do Condado, sem direito a fiança.

O advogado do brasileiro solicitou que o Estado liberasse a quantia de US$ 3 mil para custear algumas despesas eventuais com o caso. O dinheiro seria usado para pagar um investigador para pesquisar e entrevistar testemunhas ligadas ao caso e pagar uma intérprete. Segundo Atwood, a barreira da língua tem sido um problema na defesa do seu cliente.

No dia do crime, algumas testemunhas relataram que o brasileiro havia comentado com alguns amigos que estava chateado com o rompimento de seu namoro. Ele teria implorado por ajuda no sentido de convencê-la a reatar o relacionamento.

Uma “roomate” da vítima disse que ouviu os gritos de socorro e viu o brasileiro próximo ao corpo. Outra pessoa relatou, na época do crime, que Almeida teria confessado a um amigo de apartamento que “havia matado a namorada por amor”. Outros dois inquilinos do condomínio onde eles moravam, afirmaram que viram o acusado coberto de sangue e segurando uma faca. Todas estas afirmações estão no relatório policial.

Mesmo assim o advogado de defesa acredita que estas mesmas pessoas não comparecerão nas audiências de julgamento.

Fonte: (Texto por Luciano Sodré)

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